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quinta-feira, março 04, 2010

É de caras!


A tantos kilómetros de distância, há seguramente muita coisa que me escapa e é arriscado ser categórico em juízos ou análises. Mas ao ler a imprensa portuguesa sobre os debates entre os candidatos à liderança no PSD, atrevo-me a dizer o seguinte:

A ideia de Paulo Rangel em relançar um Ministério do Planeamento e em valorizar os presidentes das CCDR (Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional) é capaz de ter a sua lógica e de ser uma fase intermédia para outra coisa qualquer ainda mais interessante. Mas a imagem que fica é a de que se trata de uma habilidade para não pegar o touro de caras, ou seja, a Regionalização.

Já lhe ouvira esse tipo de discurso aqui em Bruxelas, quando lhe perguntei, aquando do lançamento do seu livro nesta cidade, se admitia discutir a Regionalização, tendo-me respondido que era um regionalista mas que era preciso ir por etapas. Ora, há ali, a meu ver, uma certa ambiguidade que o penaliza, pois a matéria não se compadece hoje com meias-tintas tácticas ou prudências calculadas no receio de perder certos apoios no interior do partido.

Para já e até ver, considero Paulo Rangel o melhor candidato para o PSD, mas entristece-me vê-lo às vezes titubeante em temas que, sendo seguramente delicados, exigem, todavia, posições claras e não meras pegas de cernelha.

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Paulo Rangel e política de educação em Portugal

Gostei de ler a entrevista do Paulo Rangel ao I, e o que diz sobre política de educação: “Estar cinco anos a dizer que o problema da educação em Portugal é o problema da avaliação dos professores é pura e simplesmente estar a falar ao lado. O problema é a transmissão de conhecimentos”. A transmissão de conhecimentos, diz, só pode ser garantida eficazmente através de um modelo que privilegie o rigor e a exigência, a autoridade e a disciplina, e que acabe com o facilitismo em que a escola portuguesa se foi afundando em nome de um vão princípio de igualdade que passa todos, e não distingue ninguém, sem se preocupar verdadeiramente com as consequências que um tal modelo tem para o país e para a formação das futuras gerações. Por outro lado, o que considero de aplaudir, tal é a evidência da falha que a abolição do ensino profissional significou para o país nos últimos trinta anos, defende a introdução da via profissionalizante mais cedo – porventura cedo demais, embora o modelo que defenda seja um modelo misto que não significa a irreversibilidade da opção a favor do ensino técnico – a partir do sétimo ano de escolaridade como forma de travar o abandono escolar, e de dar preparação e formação adequada aos alunos que não querem, ou por qualquer razão não se mostram aptos, a seguir o caminho puramente académico. Acerca de educação, estamos de acordo.

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Começar de novo


A confirmar-se, a candidatura de Paulo Rangel à liderança do PSD é, no contexto actual de grave crise institucional e política, uma boa notícia e um motivo de esperança.

Já aqui exprimi vivas reservas sobre certas posições políticas de Paulo Rangel, nomeadamente quanto às suas teses federalistas e ao seu seguidismo em relação ao desempenho, a meu ver desastroso, do Presidente da Comissão Europeia. Não é questão de somenos.

Mas o PSD precisa como pão para a boca de pessoas que não tenham medo de afrontar o poder socratino e que apontem um caminho alternativo credível. Pelas provas dadas, Paulo Rangel é homem para isso. Força.

terça-feira, dezembro 01, 2009

O novo advento


Hoje caí da cadeira.
Ainda estou para saber se foi ela que se partiu ou se foi alguém que me empurrou.
O certo é que estava a ler o artigo do Paulo Rangel no "Público" de hoje sobre o Tratado de Lisboa.

Parece que todas as críticas ao dito tratado são "fáceis e simplistas". Parece ainda que o facto de ser difícil interpretar as suas disposições é, afinal, uma coisa óptima, pois dá espaço para a criatividade e a flexibilidade de soluções. E quem o diz é o mesmo que noutros fóruns acha que o programa "Better Regulation" é uma medalha no peito da Comissão Barroso. Mas não: a nova tese é de que "a complexidade do tratado abre espaço à democracia". É caso para dizer 'Bom-dia à confusão legislativa, mãe imaculada da política'

Sentei-me na cadeira, mas não demorou nada para novo trambolhão. É que uma tal chamada "tecno-estrutura" vai dar agora lugar a uma nova transparência, visibilidade, controlo, e mesmo(sim senhor) democracia. Então não é uma maravilha? Mas como é esse salto? Ai isso não se diz, mas segundo o autor é por causa de um "drive" e de um "input" político à vida da União. Nem mais.

Julguei que se me amarrasse à cadeira não mais nos separaríamos. Ilusão minha. É que faltava a estocada final do Rangel: dúvidas de soberania? Isso é tudo conversa de velhos. O que importa é estar lá dentro e isso da independência é chão que deu uvas. O 1° de Dezembro, dia da Restauração, marca este novo advento: de portugueses passamos a europeieses.

Estas flores do Paulo Rangel começam a cansar-me e acho que mudo de cadeira.

quinta-feira, agosto 27, 2009

Onde está o Paulo Rangel?

pergunta o Vasco, no Mar Salgado. E julgo que com razão.

O Paulo Rangel pensou e escreveu (e muito bem!) sobre o problema da funcionalização dos juízes. Um dos problemas dos nossos dias na aplicação da Justiça é que os juízes não se sentem portadores de soberania.

A proposta de os juízes serem pagos pelo número de processos despachdos é um passo na sua funcionalização (e de risco de perda da necessária ponderação das decisões).

Aliás, a proposta de Paulo Rangel - e se bem me recordo - é que deviam ser os juízes (através do Conselho Superior de Magistratura) a fixar a sua própria remuneração. Seria um passo na independência do poder judicial face ao poder executivo e ao poder legislativo.

segunda-feira, junho 08, 2009

Nada mau .-)

Estou eleitoralmente satisfeita. Dois deputados com “folga” para o PP, dois cabeças de lista do Norte, cenário negro para Sócrates nas próximas legislativas, vitória do PSD e do Paulo Rangel que conseguiu derrotar o PS e mostrar o que vale sem golpes baixos e sem insinuações torpes ou malévolas. Vai fazer muita falta ao PSD e à política nacional agora que vai partir para Estrasburgo.
E, eu sei que é feio, mas não resisto: quem precisa agora de maisena, quem é, quem é??

domingo, junho 07, 2009

Cantabile espressivo ou allegro appassionato

As palavras do Rangel.
Força!

ELEIÇÕES

De acordo com as projecções:

Os grandes vitoriosos são

Paulo Rangel
Miguel Portas
Nuno Melo

...e os Portugueses que foram votar.

Os grandes derrotados

Vital Moreira e José Sócrates.

Desde já os meu parabéns ao Paulo Rangel e ao Nuno Melo pelos resultados que premeiam o esforço e trabalho que fizeram.

Acessoriamente Ferreira Leite está de parabéns e terá que ir disputar as legislativas.

Quem deve estar triste são Passos Coelho, Rui Rio e Aguiar Branco que vão ter que aguardar mais uns meses para o assalto à liderança.

...a bem da Nação!!!

domingo, maio 31, 2009

O PSD e o seu futuro

Interessante artigo de Emídio Rangel no Correio da Manhã de ontem. Com efeito, Paulo Rangel tem sido o rosto do PSD nestas eleições. No PS ainda vou sabendo, pelos maus motivos, que Elisa Ferreira e Ana Gomes fazem parte e que pelos vistos anda por lá também um Capoulas que esbraceja e diz uns disparates. Mas no PSD só dá Rangel. Eu diria que para sorte dele isso está a acontecer.

Talvez não seja exagero dizer-se que Rangel fez um golpe de Estado, tomou o poder e não dá cavaco às tropas. É indiscutível que ele vale por muitos. Fez mais em 15 dias do que Manuela Ferreira Leite em meses. Não se sabe se Manuela Ferreira Leite ainda é líder do partido ou não. Não se percebe se os vice-presidentes ainda vice-presidenciam alguma coisa.

Mas o final do artigo é-me particularmente interessante pois vem de encontro a uma ideia que já aqui expressei:

Um conselho a Rangel – esqueça o Parlamento Europeu, substitua Manuela na liderança do PSD, escolha uma equipa de combate e parta à conquista das legislativas.

sexta-feira, maio 29, 2009

PAULO RANGEL vs NUNO MELO

As sondagens para as eleições europeias teimam em dar a vitória ao PS e maus resultados ao CDS/PP.

A manter-se esta tendência de subida do PS, Paulo Rangel poderá começar a questionar-se sobre a eficácia da sua estratégia de ir buscar eleitorado ao centro.

E uma vez que há uma percentagem significativa de eleitorado de direita que poderá não votar em Nuno Melo, provavelmente, a única safa de Paulo Rangel também, passará, por cativar eleitorado de direita.

Para tanto invocará o voto útil uma vez que PSD e CDS/PP pertencem à mesma familia politica europeia.

Por outro lado, Paulo Rangel já foi CDS e é sabida a sua simpatia e proximidade com o CDS e com figuras de relevo do CDS.

Acresce que o estilo e o seu brilhantismo enquanto líder da bancada parlamentar agradam ao eleitorado de direita.

Para mal do CDS

e para bem do PSD

ou melhor,

Para mal de Nuno Melo

e para bem de Paulo Rangel.


....a bem da Nação!!!!

quinta-feira, maio 07, 2009

"O Estado do Estado"

Embora com vontade de o fazer, confesso que ainda não tinha falado do livro "O Estado do Estado” do Paulo Rangel, porque ainda não o tinha lido até ao fim. Impressionantemente bem escrito, a ideia mais importante que me ficou da leitura destas 187 páginas de ensaio político foi a da necessidade de transformação de um Estado que já não é, de uma realidade política que algures, num processo que situa entre a queda do Muro de Berlim e o 11 de Setembro, deixou pura e simplesmente de existir, ou de ser reconhecível nos moldes tradicionais, justificando um novo processo constituinte e um repensar das suas estruturas face à sua incapacidade de resolução de problemas e do surgimento de novas instâncias globais de decisão. É mesmo esta multiplicação de poderes dentro e fora do Estado, a necessidade de articular poderes de regulação completamente distintos e colocados a diferentes níveis normativos, a urgência em garantir as liberdades das pessoas, e a perda da base territorial do Estado, que levam a falar de uma medievalização do poder contraposto ao modelo do Estado moderno que se deixou afirmar na Europa a partir do séc. XVI e XVII. Retomando um tema que sempre lhe foi caro, e sobre o qual escreveu há já uns anos no seu “Repensar do poder Judicial”, faz entroncar aqui, nesta “nova” necessidade de legitimar e exercer o poder e de o controlar, a questão da legitimidade e função dos tribunais. Uma vez que “os órgãos de Governo típicos – o Parlamento e o Governo Administração – perdem todos os dias capacidade de resposta e de actuação”, os tribunais assumem um papel cada vez mais importante na resolução dos conflitos sociais. Quer dizer: à medida que a lei perde em clareza, publicidade e precisão, à medida em que se vai tornando impossível aos órgãos legiferantes controlar as necessidades de enquadramento e de justiça do caso concreto, torna-se imperativo que os tribunais desempenhem parte do papel político de definição da justiça do caso, saltando muito para além da sombra da aplicação subsuntiva da norma jurídica como resultou da repartição de poderes saída da Revolução Francesa, e como foi sendo mantida por sucessivas Constituições até hoje. Mas o que, ao mesmo tempo, não pode ser feito sem repensar a legitimação e o controle democrático da investidura e actividade dos juízes e o sentido do próprio princípio da independência judicial. Depois de chamar a atenção para as fragilidades do Estado tal como ainda o entendemos, Paulo Rangel trata da questão europeia e da Constituição europeia, e a esse nível mostra-se um europeísta e um federalista convicto. Analisando os mecanismos de evolução constitucional constata como a Constituição portuguesa se foi sucessivamente adaptando a realidades e a imperativos constitucionais distintos, e conclui que, muito embora se trate agora de muito mais do que isso, o que coloca em crise o próprio paradigma constitucional que se foi mantendo, ao mesmo tempo não será por aí, pela adesão a uma Constituição Europeia que se perderá a identidade nacional que, julga, sairá mesmo reforçada pela necessidade de se pôr em contacto com outras realidades constitucionais. Mas o alerta e a nota de crítica política mais profunda deixou-a porventura para o fim, onde se debruça sobre as relações entre democracia, liberdade e claustrofobia. Sublinha aqui a necessidade de impor uma “democracia material ou de qualidade” que passa pela garantia da liberdade de expressão e comunicação e pelo pluralismo como pressupostos da escolha democrática. Pois, diz, “como garantir e realizar essa democracia de valores, essa república da tolerância e do pluralismo, se nunca como hoje se sentiu uma tão grande apetência do poder executivo para conhecer, seduzir e influenciar a agenda mediática”? E os alvos de condicionamento não são só os jornalistas e os media, mas o próprio cidadão comum: “a conjugação de uma grave crise económica com um discurso oficial de pensamento único, de auto elogio maniqueísta e de optimismo compulsivo, produz uma atmosfera propicia ao medo e ao receio do exercício da liberdade crítica e da assunção pública da divergência”. Alertando ainda para o que designa como “opressão fiscal” e tentativa de manipular as garantias criminais. Gostei muito da leitura, quer como modo de compreensão da nova realidade do Estado quer do pensamento do Paulo Rangel como político e candidato às eleições europeias. Só lhe peço desculpa como amiga se, em algum momento da minha apressada escrita como blogger, atraiçoei a verdade do que ele pensa, ou do que quis dizer...

quarta-feira, maio 06, 2009

O vento levantou-se!


Há um novo entusiasmo à direita do PS.

Os ataques histéricos ao cabeça de lista do PSD, ao Paulo Rangel, são um estímulo e são, já em si, uma vitória.

O lançamento do seu livro "O estado do Estado", ontem em Lisboa, foi um tocar a rebate e o despoletar de uma nova energia. O Rangel tem espessura e consistência (leiam-no), o que por si só é uma optima novidade neste cinzentismo dos carreiristas do costume.

Se a essa nova energia se juntar uma alegria nova, feita de verdade e de confiança, então talvez haja esperança de que as eleições europeias sejam o começo do fim do socratismo. Abriu-se uma janela.


Força!

À bolina, tudo!