quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Paulo Rangel e política de educação em Portugal

Gostei de ler a entrevista do Paulo Rangel ao I, e o que diz sobre política de educação: “Estar cinco anos a dizer que o problema da educação em Portugal é o problema da avaliação dos professores é pura e simplesmente estar a falar ao lado. O problema é a transmissão de conhecimentos”. A transmissão de conhecimentos, diz, só pode ser garantida eficazmente através de um modelo que privilegie o rigor e a exigência, a autoridade e a disciplina, e que acabe com o facilitismo em que a escola portuguesa se foi afundando em nome de um vão princípio de igualdade que passa todos, e não distingue ninguém, sem se preocupar verdadeiramente com as consequências que um tal modelo tem para o país e para a formação das futuras gerações. Por outro lado, o que considero de aplaudir, tal é a evidência da falha que a abolição do ensino profissional significou para o país nos últimos trinta anos, defende a introdução da via profissionalizante mais cedo – porventura cedo demais, embora o modelo que defenda seja um modelo misto que não significa a irreversibilidade da opção a favor do ensino técnico – a partir do sétimo ano de escolaridade como forma de travar o abandono escolar, e de dar preparação e formação adequada aos alunos que não querem, ou por qualquer razão não se mostram aptos, a seguir o caminho puramente académico. Acerca de educação, estamos de acordo.

3 comentários:

  1. estamos de acordo com muito pouco.
    Não fala na segurança das escolas, diz que a culpa de mediocridade dos alunos deve-se à insipiência do corpo docente, não fala das infraestruturas, mas quem falou durante cinco anos que a Avaliação dos professores era o problema foi o líder de bancada do PSD, que depois fez amor com a europa, sem antes espetar a faca a Aguiar Branco, aquele que lhe deu comida como secretario de estado, para tentar fazer amor com Portugal...
    não estão cansados de ser sempre a mesma coisa?.

    miguel pereira

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