Hoje caí da cadeira.
Ainda estou para saber se foi ela que se partiu ou se foi alguém que me empurrou.
O certo é que estava a ler o artigo do Paulo Rangel no "Público" de hoje sobre o Tratado de Lisboa.
Parece que todas as críticas ao dito tratado são "fáceis e simplistas". Parece ainda que o facto de ser difícil interpretar as suas disposições é, afinal, uma coisa óptima, pois dá espaço para a criatividade e a flexibilidade de soluções. E quem o diz é o mesmo que noutros fóruns acha que o programa "Better Regulation" é uma medalha no peito da Comissão Barroso. Mas não: a nova tese é de que "a complexidade do tratado abre espaço à democracia". É caso para dizer 'Bom-dia à confusão legislativa, mãe imaculada da política'
Sentei-me na cadeira, mas não demorou nada para novo trambolhão. É que uma tal chamada "tecno-estrutura" vai dar agora lugar a uma nova transparência, visibilidade, controlo, e mesmo(sim senhor) democracia. Então não é uma maravilha? Mas como é esse salto? Ai isso não se diz, mas segundo o autor é por causa de um "drive" e de um "input" político à vida da União. Nem mais.
Julguei que se me amarrasse à cadeira não mais nos separaríamos. Ilusão minha. É que faltava a estocada final do Rangel: dúvidas de soberania? Isso é tudo conversa de velhos. O que importa é estar lá dentro e isso da independência é chão que deu uvas. O 1° de Dezembro, dia da Restauração, marca este novo advento: de portugueses passamos a europeieses.
Estas flores do Paulo Rangel começam a cansar-me e acho que mudo de cadeira.
Ainda estou para saber se foi ela que se partiu ou se foi alguém que me empurrou.
O certo é que estava a ler o artigo do Paulo Rangel no "Público" de hoje sobre o Tratado de Lisboa.
Parece que todas as críticas ao dito tratado são "fáceis e simplistas". Parece ainda que o facto de ser difícil interpretar as suas disposições é, afinal, uma coisa óptima, pois dá espaço para a criatividade e a flexibilidade de soluções. E quem o diz é o mesmo que noutros fóruns acha que o programa "Better Regulation" é uma medalha no peito da Comissão Barroso. Mas não: a nova tese é de que "a complexidade do tratado abre espaço à democracia". É caso para dizer 'Bom-dia à confusão legislativa, mãe imaculada da política'
Sentei-me na cadeira, mas não demorou nada para novo trambolhão. É que uma tal chamada "tecno-estrutura" vai dar agora lugar a uma nova transparência, visibilidade, controlo, e mesmo(sim senhor) democracia. Então não é uma maravilha? Mas como é esse salto? Ai isso não se diz, mas segundo o autor é por causa de um "drive" e de um "input" político à vida da União. Nem mais.
Julguei que se me amarrasse à cadeira não mais nos separaríamos. Ilusão minha. É que faltava a estocada final do Rangel: dúvidas de soberania? Isso é tudo conversa de velhos. O que importa é estar lá dentro e isso da independência é chão que deu uvas. O 1° de Dezembro, dia da Restauração, marca este novo advento: de portugueses passamos a europeieses.
Estas flores do Paulo Rangel começam a cansar-me e acho que mudo de cadeira.
pena é que por cá (incluindo em lisboa) o 1.º de dezembro já seja feriado...
ResponderEliminarfarripas
ps (salvo seja): cuidado com essas cadeiras (nem todas convivem bem com o público), não vá o diabo tecê-las!
Pois é caro Douro, agora na Comissão é só democracia. Já se nota?
ResponderEliminarÉ verdade, a quantidade de tolices que Paulo Rangel alinha hoje no Público impressiona. Especialmente, vindas de quem vêm.
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