terça-feira, novembro 11, 2014

Os vampiros


Há no pacote de taxas Costa o mais sério aviso a quem candidamente admitiu a possibilidade de o ver um dia como Primeiro-Ministro. 
Como ponto prévio, apresentou o orçamento municipal escandalosamente fora de prazo e subiu impostos desnecessária e estupidamente. Incompetência e más decisões.
Quem viu com olhos de ver a sua traição a Seguro, a tropa de que se fez acompanhar no assalto ao PS e o despudor com que permite que os seus amanuenses enalteçam Sócrates e o seu glorioso passado, não estará propriamente surpreso. 
Podia racionalizar o funcionamento da Câmara de Lisboa, apinhada de amigos, compadres e camaradas. 
Podia acabar com os subsídios fora da lei, como o que deu sem vergonha à fundação do amigo Mário Soares. 
Podia, gerindo bem, começar a tapar os inúmeros buracos de todas as ruas da capital e resolver os problemas crónicos do lixo em Lisboa. Quanto às cheias, já decretou que não há solução...
Enfim, Costa confirma mais uma de entre as piores suspeitas no que toca  ao socialismo luso: Está a crescer? Taxa-se! Quando estiver finalmente a dar prejuízo, subsidia-se!
Os ricos de que Costa gosta, são os que de algum modo vivem na dependência do estado, seja pela empreitada, o fundo ou o subsidio. São cúmplices do amo e vampiros do povo contribuinte.
Quanto à criação de riqueza na economia real, daquela que ajuda o país a andar para a frente, que cria empregos sustentáveis; como deve menos ao Estado e a quem nele manda em cada momento, há que taxar, dissuadir, tolher!
Um dos males desta aristocracia jacobina que se imagina dona do país por direito natural é, como mais uma vez se comprova, uma infinita falta de pudor.
Que sirva ao menos para abrir os olhos ao povo.

2 comentários:

  1. A ideia de impôr uma taxa municipal de 1 euro ao turista que desembarca ou dorme em Lisboa não me parece ser necessariamente uma boa ideia, mas não tenho dúvidas de que o cúmulo da ironia é serem os mesmos que aumentaram de 13 para 23% o IVA da restauração que venham agora, quais inocentes virgens, acusar o edil de Lisboa de querer matar a galinha dos ovos de ouro. Há descaramentos contra as “taxas e taxinhas” que mereciam levar com elas pela goela abaixo.

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  2. Meu Caro Douro, estamos a falar do mesmo Costa que criticou cada subida de impostos com vigor e aparente convicção. Estou a falar do principio de taxar tudo o que começa a correr bem, do vampirismo socialista em relação ao sucesso. Quanto ao IVA da restauração, é discutível e até hoje tenho dúvidas. Infelizmente, não tenho dúvidas quanto à razão verdadeira dos protestos do sector; dana-os muito mais a cada vez mais obrigatória factura do que qualquer taxa de IVA. O verdadeiro problema foi terem de começar a pagar impostos como qualquer um de nós. Os bons continuam cheios e, que se veja, nenhum medianamente gerido teve de fechar.

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