Há no pacote de taxas Costa o mais sério aviso a quem candidamente admitiu a possibilidade de o ver um dia como Primeiro-Ministro.
Como ponto prévio, apresentou o orçamento municipal escandalosamente fora de prazo e subiu impostos desnecessária e estupidamente. Incompetência e más decisões.
Quem viu com olhos de ver a sua traição a Seguro, a tropa de que se fez acompanhar no assalto ao PS e o despudor com que permite que os seus amanuenses enalteçam Sócrates e o seu glorioso passado, não estará propriamente surpreso.
Podia racionalizar o funcionamento da Câmara de Lisboa, apinhada de amigos, compadres e camaradas.
Podia acabar com os subsídios fora da lei, como o que deu sem vergonha à fundação do amigo Mário Soares.
Podia, gerindo bem, começar a tapar os inúmeros buracos de todas as ruas da capital e resolver os problemas crónicos do lixo em Lisboa. Quanto às cheias, já decretou que não há solução...
Enfim, Costa confirma mais uma de entre as piores suspeitas no que toca ao socialismo luso: Está a crescer? Taxa-se! Quando estiver finalmente a dar prejuízo, subsidia-se!
Os ricos de que Costa gosta, são os que de algum modo vivem na dependência do estado, seja pela empreitada, o fundo ou o subsidio. São cúmplices do amo e vampiros do povo contribuinte.
Quanto à criação de riqueza na economia real, daquela que ajuda o país a andar para a frente, que cria empregos sustentáveis; como deve menos ao Estado e a quem nele manda em cada momento, há que taxar, dissuadir, tolher!
Um dos males desta aristocracia jacobina que se imagina dona do país por direito natural é, como mais uma vez se comprova, uma infinita falta de pudor.
Que sirva ao menos para abrir os olhos ao povo.
