Chavez começou por reconhecer que tinha perdido o referendo para a reforma constitucional que lhe permitia ser presidente até aos 95 anos como pretendia. O que impressionou pela positiva, embora já no domingo se pudesse indagar se o teria feito por puro respeito pela democracia ou pelo temor das consequências de desobedecer a uma vontade popular da ordem dos 50% (porventura a memória do golpe de Estado de 2002). Quando ontem veio declarar sem eufemismos, e sem necessidade de uniformizações ortográficas para se perceber o sentido das suas palavras, que tinha sofrido uma "derrota de coragem", que a vitória no referendo tinha sido uma “vitória de merda”, e que ia voltar a sujeitar o seu projecto de alteração constitucional a referendo, parece ter tornado bem claro o grau de sinceridade do seu discurso pós eleitoral e a forma como pretende usar a democracia e os seus mecanismos as vezes necessárias para legitimar e reforçar o seu poder.
Estalou-lhe o verniz, que, aliás, já era fraco, e que apenas "iludia" uma certa "esquerda" em mal de estandartes. Por cá usa-se outra 'elegância' e inventam-se "tratados reformadores ou simplificados" para mandar para a sanita outros "nãos" de outros referendos ou promessas de referendos. Entre os punhos de renda destes e o trauliteiro apreciado pelo Soares, acho que é preferível o estilo caceteiro do Chavez, em vez da manha contrabandista de certos bem falantes. Aquele topa-se melhor e desmascara-se mais fácilmente
ResponderEliminarVale a pena ver o vídeo do discurso de Chávez em 5 de Dezembro. Chávez democrata?
ResponderEliminarhttp://www.dailymotion.com/video/x3odul_chavez-y-la-victoria-de-mierda-de-l_news
Por qué no te callas?
ResponderEliminarEsta posta es una mierda.
ResponderEliminar"...parece ter tornado bem claro o grau de sinceridade do seu discurso pós eleitoral e a forma como pretende usar a democracia e os seus mecanismos as vezes necessárias para legitimar e reforçar o seu poder."
ResponderEliminarNisto, Chavez parece-se bastante com os democratas europeus, dispostos a referendar qualquer alteração aos tratados o número de vezes que forem necessárias para os aprovar ou para, verificando-se a impossibilidade de os ver aprovados, optar pela sua aprovação sem referendo nenhum.
Ou com outros figurinos europeus que marcaram os princípios do séc. XX que também começaram por legitimar e reforçar as suas posições políticas através de eleições...as aparências democráticas dão sempre jeito...
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