quinta-feira, agosto 08, 2013

A trapalhada de Ribeiro e Castro (2)


Há uma segunda parte a que chamarei “declaração de interesses”.
 
Trata-se de manifestar a opinião de que considero que a ideia de limitar os mandatos dos presidentes de autarquias não é uma boa ideia. Se é certo que ver à frente de certas Câmaras os mesmos Mesquitas/Filipes durante décadas, mais a mais com cadáveres a abarrotarem todos os armários e gavetas, causa uma náusea insuportável, todavia, daí a passar um atestado paternalista de menoridade aos cidadãos eleitores é um passo que o legislador devia abster-se de dar. Aliás, nas milhares de autarquias do país não abundam talentos e disponibilidades que nos permitam deitar fora burocraticamente os que deram provas de competência e dedicação à causa pública e às questões locais. Por outro lado, o argumento das conivências e cumplicidades deve ser matéria para a justiça sempre que se revelem ilegalidades e não é com passes de mágica na secretaria que o sistema se credibiliza.

Enfim, e para me aproximar do osso, eu preferiria mil vezes que a candidatura do Governo ao Porto, personificada no autarca de Gaia, sofresse uma clara derrota nas urnas, para não ter de aturar as carpideiras do PSD a dizerem que as impediram de mostrar o que valiam. Estou aliás convencido que se o Constitucional confirmar a inelegibilidade dos Seabras e consortes assistiremos ao triste e deplorável espectáculo de os mesmos se manterem como segundos na mesma ou outra lista, numa espécie de manguito à declarada legalidade. Como essa gente não tem vergonha na cara, não nos iria poupar às cenas patéticas que já se congeminam.

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