quarta-feira, outubro 19, 2011

Limites

O Prof. Cavaco diz que "há limites para os sacrifícios". Nem percebo bem o que isto quer dizer nos dias que correm.

Fui ver a síntese de execução orçamental de Setembro. Se bem percebo, a receita arrecadada pelo Estado até Setembro foi de € 63,65 mil milhões. Por outro lado, a despesa foi de € 72,82 mil milhões. Há quem vá ver o deficit em relação ao PIB. Mas a verdade é que o Estado gastou cerca de 15% mais dinheiro do que aquele tem. E, portanto, como em qualquer empresa, é preciso reduzir a despesa anual em cerca de € 12 mil milhões (se a receita se aguentar...).

Temos, há muito, casos de injustiça relativa. Quando temos despedimentos colectivos numa empresa e noutra não. Não percebo por que razão quem tem o Estado como empregador há-de funcionar como referência, para efeitos de averiguação da justiça relativa.

Espero que o Governo não se lembre de aumentar ainda mais as receitas, com impostos, para acomodar as despesas que tem agora, com o argumento que há limites para os sacrifícios.

Este Prof. cavaco tem cada uma...

2 comentários:

  1. Ó JAC, não vi que já tinhas falado no dito coiso...

    ZÉMEX

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  2. Caro JAC

    O problema não é o Cavaco ter denunciado a situação de iniquidade fiscal pois esta é por demais evidente.
    O problema nem seria a chico espertice dos membros do governo que pensam ser suficiente disfarçar um aumento de imposto em diminuição de retribuições e de pensões, para transformar um aumento de recita em diminuição de despesa!!!!
    O verdadeiro problema é a cegueira ideológica dos membros deste governo (e dos seus apoiantes) que os levou a descriminar os funcionários públicos e os pensionistas fazendo que sejam estes os maiores (e quase exclusivos) sacrificados com este orçamento vergonhoso.
    Não fora essa iniquidade e talvez o Cavaco pudesse ter mantido o silêncio, mas assim, depois da C.Social ter lembrado as suas declarações anteriores (criticando a iniquidade de Sócrates) foi obrigado a fingir que é decente...
    Foi galo para o Coelho

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