domingo, julho 03, 2011

Portugal - Grécia

A Grécia é nestes dias o quisto da Europa. É um país relapso, incumpridor, incapaz de inspirar níveis mínimos de confiança.
Os gregos são olhados pelos demais como um povo calaceiro, sem vontade mudar, aldrabão, incapaz de mudar de vida.
A irresponsabilidade, a facilidade com que se multiplica a guerrilha da rua e os motins, independentemente de qualquer ajuda paliativa, já puseram a Grécia e os gregos fora da Europa. Pela pior das vias, antes de qualquer exclusão formal, não há já no presente nenhum contibuinte europeu que não sinta a Grécia como um peso impertinente a carregar.
Não fora a dimensão e, essencialmente, a posição geo-estratégica e a Grécia já era.
O incumprimento de Espanha e de Portugal, a sua partilha mediterrânica, suscitam analogias que são da maior perigosidade para o nosso futuro.
Dar o exemplo, ser capaz de rigor, de cumprimento, inspirar a confiança dos pares europeus do norte desenvovido, é a única via possível de escape a uma terrível condição. Ainda que para isso tenhamos de suportar um indesejável imposto de excepção.

2 comentários:

  1. O imposto de excepção é apenas mais um "dejá vu" pós eleitoral a que já nos acostumámos.
    Mas se a questão é de confiança, não deveria funcionar nos dois sentidos? Os tais "pares europeus do norte desenvolvido" não deveriam inspirar também uma qualquer confiança aos seus "ímpares do sul"?
    Mesmo que só um poucochinho?
    Para já continuarei a pagar, mas se este sinal de confiança tardar em chegar juntar-me-ei ao BLX na serra da Agrela.
    FRF

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  2. Caro Raúl

    O que chateia no imposto de excepção é que o que foi prometido foi outra coisa. As taxas de imposto sobre o rendimento estão a níveis medievais.
    O problema que se começa a colocar é que seremos tantos na Serra da Agrela que dificilmente poderemos estar clendestinos...
    Um abraço do
    JAC

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