O nosso sistema exige que a eleição do Presidente se faça por 50% dos votos. Essa regra incute em nós todos a ideia de que o presidente tem de ser consensual, e que não precisamos de uma adesão total ao candidato em quem votamos. Espera-se que, se necessário, alguns façam o esforço e optem pelo mal menor.
Quer-me parecer que é neste registo que está a chamada "direita". Cavaco não é nada de extraordinário, mas é o que temos.
Neste quadro não faz grande sentido tentar arranjar um candidato "melhor", para correr o risco de vir a ter um presidente bem pior...
Mas tenho pena que as eleições presidenciais sejam um momento de continuidade, e não uma oportunidade de mudança. É que Cavaco ficou claramente aquém daquilo que eu esperava dele. Por exemplo no referendo europeu. Ou no casamento homo. Ou na tolerância de que tem gozado esta malta que está a governar o país. E não há nada que indique que as coisas venham a ser diferentes.
Três carros (um inglês, um alemão e um belga) chocam entre si numa qualquer encruzilhada.
ResponderEliminarOs três condutores saiem dos carros e logo o inglês diz: "I'm sorry". De imediato o alemão reage: "I'm sorry too". O belga olha para os dois e acrescenta: "I'm sorry three".
FRF
Empolgamento espantoso!
ResponderEliminarQue 50 % dos portugueses possam decidir o seu voto com pressupostos tão "jacobinos", só comprova a espécie de país que construímos para os nossos vindouros...