segunda-feira, fevereiro 01, 2010

O disco riscado


O Primeiro-Ministro foi hoje, pela manhã, debitar a sua cassette a uma Assembleia denominada "Conferência Orçamento de Estado 2010".

Fez o seu discurso julgando que estava a dar uma aula, mas não quis ouvir mais nada e pirou-se da sala antes que o segundo orador, João Salgueiro, chamasse a atenção dos participantes para o curioso facto de o "engenheiro" não ter feito uma única referência ao que realmente importa: a falta de competitividade da economia e os problemas estruturais que a afectam.

A chamada crise internacional tem as costas largas, então não tem?

4 comentários:

  1. pois! e a falta de competitividade da economia portuguesa é um fenómeno recentíssimo, diria mesmo pós crise financeira!!!!
    e o sr J Salgueiro o que fez enquanto governante para aumentar essa competitividade? e o que fizeram a generalidade dos governos para atingir esse mesmo objectivo? e mais, o que fizeram os empresários?
    Caro Douro os discursos passam e as acções ficam. Não creio que da parte de um ou de outro orador hajam muitas acções de que possamos rejubilarmo-nos no futuro! E quem tem telhados de vidro não lança pedras ao telhado do vizinho!
    Já para não criticar a elevada falta de educação quanto a criticar outros oradores na respectiva aus$encia. Esse Salgueiro faria melhor se se arrastásse para os lados do Mondego para carpir as mágoas no bazófias!

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  2. Caro Pirolas, receio que estaja a reagir pelo acessório, ou seja, a iludir-se com a forma sem curar da substância. E o que pretendo realçar e me parece ser o que tem real significado é que o Primeiro não fala no essencial do problema: a falta de competitividade. Que o salgueiro seja isto ou aquilo ou que a culpa se reparta por outros é questão de somenos e até lhe posso dar razão. mas é imperdoável que um Primeiro escamoteie a real situação. Saudações

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  3. acha escamotear a questão apresentar aquela vergonha de orçamento?
    e de que lhe vale dizer que continuarão os estímulos às empresas e às famílias se não existirem bancos que, para além de tentarem recuperar dos buracos financeiros em que se meteram com a ajuda das agências de "rating", sejam eles verdadeiros percursores da competitividade da economia portuguesa?
    ou qual julga ser a taxa que uma PME terá de pagar se quizer redimensionar o seu negócio e precisar de um empréstimo bancário?
    É só aqui que queria chegar... e o sr Salgueiro como presidente da Associação Portuguesa de Bancos é co-responsável por parte dessa ausência de competitividade! deveria até ter bastante mais cuidado quando se pronunciasse sobre o assunto.
    O que vale é que o cidadão comum suporta estas coisas todas e vê o seu endividamento crescer, apesar de não haver correspondente quebra da carga fiscal. isto é, paga, re-paga, é sodomizado pelos bancos e o presidente dos ditos diz que o problema é que o Sócrates não falou da falta de competitividade! apre!

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