quarta-feira, setembro 05, 2007

resposta aos comentários ao boicote

vamos por partes:
a) as escolhas que apresentei são antes de mais escolhas nacionais. Porque não devo eu escolher um produto nacional que nada fica atrás de um produto estrangeiro? Porque não escolho eu consumir laranjas do algarve em detrimento de laranjas espanholas? A acusação de parolismo não a acato assim facilmente. parolismo é querer usar uma marca estrangeira. E veja-se o que fazem os espanhois ou os franceses. Não leem os meus amigos jornais económicos? não vêem as dificuldades que os espanhois tentam criar à entrada de produtos portugueses? Ok, dirão que aqui o patamar é diferente e estamos a falar de uma questão entre paises e que eu estava a sugerir um patamar mais regionalista. Ok, estava também. E refaço a pergunta: Não lêem os meus amigos jornais económicos e não económicos? Não constatam diariamente o crescendo do centralismo? (reparem que não digo lisboeta) A questão é microscopica. E bem sei que no meu dia a dia consumo produtos que não do Norte, do Porto ou da minha rua. Mas se houver necessidade de fazer escohas para preservar postos de trabalho da minha região/pais para proteger toda uma sociedade de proximidade, não vejo mal ao mundo.

b) mas no mesmo post eu digo que essa não é a única via. Que fazemos mais pelo Norte pelo Porto e pelo País com trabalho e crescimento, do que manter uma ladainha tenho a certeza absoluta. Mas a história está aí para mostrar que este caminho é tortuoso. Mas como diz um comentarista mais calmo, vagas de emprego qualificado é cada vez mais raro. banca e seguros que tradicionalmente cresceram a norte estão centralizados a sul.
E quantos mais exemplos podemos encontrar? e o que gera esse movimento centralizador? é esse o problema meus caros. Fica então a grande questão: o que temos que fazer de trabalho e crescimento para manter viva a chama de toda uma região?
Trabalho, trabalho diria Octávio. Com mais e melhor trabalho.

1 comentário:

  1. o grande problema aqui, é que a questão e europeia não é nacional.
    Daqui por dez anos a continuarmos assim vai continuar a consumir os meus produtos que enumera no seu 1 artigo , mas a sonae vai ser francesa, as fabricas de roupa vão estar ao abandono e por ai adiante.
    Teremos meia duzia de hoteis a beira mar no geres e no alqueva, de resto fechamos a loja.
    Eu pessoalmente tenho alguns cuidados, nomeadamente com alimentação , fruta sempre portuguesa, carne animais criados e abatidos em Portugal e por ai alem, agora, nunca me passou pela cabeça ver se a maça é alentejana ou do minho ou se a exploraçao do animal fica acima ou abaixo do tejo.
    Sempre que posso compro português, prefiro dar uns trocos a mais do que entrar numa loja chinesa, essas sim destroem fabricas inteiras e arrasam milhares de postos de trabalho.O boicote pode começar ai.
    A intenção de defender a região está certa, mas neste momento urge, na minha opinião, defender o pais, em bloco sem divisões, somos mais fortes juntos.

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