Embirro com a campanha que agita o hipotético, putativo, e mais que eventual percurso profissional falhado do Pedro Abrunhosa e da Judite de Sousa como argumento principal para continuar a estudar. Primeiro, é inestético. O Pedro Abrunhosa não fica bem de colete às riscas vermelhas e pretas à frente de uma fila de cadeiras vazias e a Judite de Sousa está perfeitamente infeliz de cor de rosa pendurada no balcão de uma tabacaria. Claro que a imagem que se quer passar é a de uma eventualidade “muuuito”, mas “muuuito” infeliz ("se" eles não tivessem estudado eram assim tristes...), mas isso também tem muito que se lhe diga. Não me parece justo, nem correcto, diminuir de forma tão acentuada determinadas tarefas e profissões. Como não me parece acertado construir ou desenvolver qualquer argumentação que seja em torno de um “se”. O “se” é uma indefinição, tem sempre mais de inércia que de esforço, e é mais depressa sinónimo de “fado” e de “fortuna” do que de estudo, necessidade, e dedicação a um objectivo, que é o que supostamente se quer promover e divulgar entre as camadas mais jovens. A não ser que o “se” fosse usado de forma mais directa: “Se não querem estudar, seus malandros, vão mas é cavar batatas”! :)
E sai jà um fino bem tirado para aquela mesa do canto onde escreve uma tal Paula. Bem visto, bem dito e bem escrito!
ResponderEliminarAlternativas?
ResponderEliminarImagem I
Uma fila de jovens tudo á porta do Desemprego!
Uma fila de jovens a entrar nas "Jotas" dos Partidos!
Imagem II
A mesma fila de jovens do Desemprego tudo já com os filhos pela mão!
Os "Jotas" a entrarem na "independente"
Uma fila a entrar nas Finanças com o IRS na mão!
Como vê Paula Faria com os exemplos que temos é dificil ter uma oportunidade digna desse nome!
Quem é que acredita que trabalhando se pode ter uma vida bonita?
Daí a miséria da publicidade!
Não estou a ver outra forma de ter uma vida em condições senão trabalhando. Não discuto a necessidade de se fazer publicidade no sentido da maior formação e preparação das pessoas para o seu futuro. Contesto sim, a diminuição de certos tipos de trabalho, que a meu ver são tão dignos como quaisquer outros, e a publicidade feita pela negativa. Porque não pegar antes no que cada uma destas pessoas - Abrunhosa, etc e tal - conseguiram, e sublinhar que o conseguiram porque se prepararam, estudaram, e se esforçaram por isso? Não seria melhor?
ResponderEliminarClaro, sem trabalhar não é possível,mas isso é tão evidente que custa a compreender não ter sido esse o caminho!
ResponderEliminarA ideia dominante é a que eu quiz fazer passar.Não vale a pena!
Como dizem os jovens, o que funciona é o factor "C" de cunha, o factor "J" de jota partidário ou o factor "D" de desemprego!