segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Ò prima, olha que até foi engraçado


É difícil saber o que é mais deprimente : se o estado zombie do PS ou o o descaramento zombeteiro do PSD. Deixemos por agora o PS entregue à sua deriva escuteira e digamos duas palavras sobre aquela reunião sinistra dos Marcos Antónios da nossa praça.

Um tipo ouve um Morais Sarmento dizer que está disponível para cumprir serviço e as entranhas começam a protestar: não foi sua excelência que, depois de se fazer eleger deputado, rapidamente decidiu abandonar o assento e regressar ao seu escritório para representar o espião assalariado da Ongoing?

Um tipo ouve um ex-presidente de Gaia e pergunta-se como é que a bi-polaridade mental conseguiu chegar, ainda que por meses, a patrão da trupe.

Um tipo ouve um eurodeputado de dedo em riste e narinas zangadas avisar a plebe que vai vencer em Maio e pergunta-se em que parte da sua catilinária falou da Europa ou exprimiu uma única ideia que fosse sobre o futuro da UE ou do papel de Portugal na UE.

Um tipo aguenta estoico o discurso de um eterno candidato a Belém, não de dedo em riste mas de dedo a apontar para ele próprio, que fez e que aconteceu, e fica na dúvida se se trata da mesma pessoa que debita piadas ao fim-de-semana na tv.

Enfim, um tipo vai assistindo àquele beija-mão indecoroso das ‘personalidades’ ao chefe, vários filhos pródigos que ali se juntaram, a ver se não são esquecidos nas próximas distribuições de pelouros e sinecuras. E eis, em maré de falsas surpresas, o bombom que faltava, o regresso do sebastianete da 25° hora, o Relvas, o amigo, o companheiro, o eterno, o de sempre.

Foi divertido sim senhor. A quermesse podia ter sido uma chatice. Conseguiu afinal ser um escândalo. Estamos feitos! (para não dizer outros ‘f’s)

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