É difícil saber o que é mais deprimente :
se o estado zombie do PS ou o o descaramento zombeteiro do PSD. Deixemos por
agora o PS entregue à sua deriva escuteira e digamos duas palavras sobre aquela
reunião sinistra dos Marcos Antónios da nossa praça.
Um tipo ouve um Morais Sarmento dizer que está
disponível para cumprir serviço e as entranhas começam a protestar: não foi sua
excelência que, depois de se fazer eleger deputado, rapidamente decidiu abandonar
o assento e regressar ao seu escritório para representar o espião assalariado
da Ongoing?
Um tipo ouve um ex-presidente de Gaia e
pergunta-se como é que a bi-polaridade mental conseguiu chegar, ainda que por
meses, a patrão da trupe.
Um tipo ouve um eurodeputado de dedo em riste e
narinas zangadas avisar a plebe que vai vencer em Maio e pergunta-se em que
parte da sua catilinária falou da Europa ou exprimiu uma única ideia que fosse sobre
o futuro da UE ou do papel de Portugal na UE.
Um tipo aguenta estoico o discurso de um
eterno candidato a Belém, não de dedo em riste mas de dedo a apontar para ele
próprio, que fez e que aconteceu, e fica na dúvida se se trata da mesma pessoa
que debita piadas ao fim-de-semana na tv.
Enfim, um tipo vai assistindo àquele beija-mão
indecoroso das ‘personalidades’ ao chefe, vários filhos pródigos que ali se juntaram, a ver se não são esquecidos nas próximas distribuições de pelouros e
sinecuras. E eis, em maré de falsas surpresas, o bombom que faltava, o regresso
do sebastianete da 25° hora, o Relvas, o amigo, o companheiro, o eterno, o de
sempre.
Foi divertido sim senhor. A quermesse podia
ter sido uma chatice. Conseguiu afinal ser um escândalo. Estamos feitos! (para
não dizer outros ‘f’s)
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