O nosso amigo José Gagliardini Graça vai ao Congresso
do PP pensando que vai ao Congresso do CDS. Anuncia essa reunião como se ela fosse
o princípio de qualquer coisa mas eu só poderia concordar com essa sua esperança
se o tal princípio fosse o do fim.
Uma reunião de uma agremiação cujos responsáveis
manobram e manipulam o debate prévio nos moldes hoje denunciados pelo jornal “Público”,
afunilando a conversa na moção do chefe, só pode ser um ‘tea-party’ de rapazes engraçados
e nunca um fórum de reflexão política.
Uma reunião que está à partida manietada pelas
inerências e cuja ordem de intervenções apenas vai permitir que alguma voz crítica
se manifeste pela madrugada ou à hora de servir uma canja quente, há-de ser apenas
um recapítulo simpático onde a Leninha de Armamar reencontra o Amílcar de Esposende
e se mostram as fotos do cão ou do piriquito, contentes pela novidade e felizes
por se reverem desde o último pavilhão ou sala de hotel.
É claro que vai haver aplausos aos recém-eleitos
do novo penta e que se vai perceber melhor a agenda do Sr. Pires de Lima que sabe que a irrevogabilidade
do Sr. Portas há-de acabar por sair pelas portas do fundo. Mas aquilo vai ser um
mero seminário, a preparar a festarola em Junho da alegada saída da troyka e o
como afiar navalhas para garantir lugares na lista das europeias.
A moção dos amigos do JGGraça e as palavras do
Filipe Anacoreta Correia são provavelmente muito meritórias, se mais não fosse pela
coragem que as suporta e pela esperança que carregam, mas, e lamento dizê-lo, são
‘pérolas’ deitadas ao mar (tento ser elegante) cujas ondas zangadas dispersarão com facilidade e sarcasmo
na areia grossa do seguidismo.
Pelo sim, pelo não, levem capacete, não vá o
tecto cair-vos em cima. E fisgas, para o que der e vier.
Caro Douro: Não será um Óbidos 2. Isso garanto. Há cada vez mais gente a pensar como nós, isso é certo!abraço JGG
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