terça-feira, abril 16, 2013

“...Deu um estouro o demónio, / Acalmaram vento e mar..."


Escangalho-me a rir com a prosa do João Miguel Tavares. Mete num chinelo outros jurássicos que se julgam grandes colunistas. Recomendo o que hoje escreve na última página do Público. A meu ver, não se pode ser mais certeiro. Esta embrulhada em que se vão transformando as eleições autárquicas, à sombra da lei de limitação de mandatos, só tem um autor colectivo bem identificado: o clube dos 5 partidos com assento parlamentar que cruzaram os braços em vez de clarificarem uma lei que pelos vistos levanta dúvidas para alguns.

Até me faz pena a figura patética que sobre este assunto desempenham pela sua postura e declarações os responsáveis políticos distritais e concelhios do PSD do Porto. Nesse aspecto, os dos outros 4 partidos parecem mais ladinos pois calam a sua cobardia e fazem-se esquecer.  Claro que há sempre a nivel central um Natalino ou um Telmo inigualáveis na sua cabotinice, mas no geral os 4 preferem deixar o monopólio da inconveniência e da contradição para a saloiada mental que hoje impera no grupinho da seta (com raras excepções, como é, apesar de uma certa ambiguidade inicial, a do Paulo Rangel).

Este João Miguel Tavares serve-me de Prozac: leio-o e é como se o demónio tivesse estourado. Até já me apetece sair à rua e desafiar para almoço uns amigos de quem discordo. Se me quiserem aturar, está bom de ver...

5 comentários:

  1. A novela prossegue para gáudio dos jornaleiros e do PS. A seguir ao Menezes, pelos vistos vem o Ribau, cujo gosto pela intriga só "ribaliza" com as trágicas escolhas de vestuário. O resultado final desta pantominice, claro está, é a hecatombe eleitoral do PSD nas próximas autárquicas!

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  2. Meu caro, salta lá para a rua que para juntar os meus pés aos teus debaixo da mesa estou sempre pronto.
    E se pagares a vinhaça até te deixo concordares comigo...
    Abraço,
    FRF

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  3. É uma maravilha ler o Douro. JGG

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  4. bem se isto mete almoço eu digo presente. abraços carlos

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  5. Amanhã não posso, mas daí em diante é quando quiseres. Um abraço
    jac

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