quarta-feira, março 20, 2013

Que futuro para o Porto?


Hoje, 20 de Março, o Rui Moreira assumiu-se publicamente como candidato à Câmara Municipal do Porto. Já declarei há tempos o apoio pessoal a esta candidatura que agora se formaliza. Mas não pretendo fazer do Nortadas uma plataforma na campanha do Rui Moreira, desde logo porque este blogue é um colectivo que enquanto tal não discutiu ou decidiu tomar posição perante as candidaturas que se vêm anunciando e porque sei que outros membros do blogue preferem adoptar um perfil discreto ou decidiram dar o seu apoio pessoal a outras listas.

Mas se não querem debater ou discutir abertamente os projectos para a nossa cidade, o que lamento, não seria admissível que um blogue que de alguma maneira tenta, penso eu, traduzir um sentir nortenho nas suas diferentes sensibilidades, ignore o que representa politicamente para o Norte e para o país o facto de aparecer na cidade do Porto uma candidatura independente dos partidos, não contra os partidos, com o prestígio e a credibilidade que, goste-se ou não se goste, a candidatura do Rui Moreira inegavelmente tem.

O Jornal de Notícias da Controlinveste do Sr. Joaquim Oliveira e dos seus amigos angolanos pode fazer descaradamente campanha pelo candidato do Dr. Relvas apesar de não o assumir expressamente como seria, aliás, legítimo e de bom tom. Pode um certo sector dos media desvalorizar uma candidatura independente e genuína visto que esta escapa à rede normal de influências entre o poder político-financeiro centralista e a imprensa escrita e falada. A manha de uns e a hipocrisia de outros são factos da vida e, no fundo, irrelevantes e pirrónicas. Mas seria triste que o nosso blogue ficasse hoje em silêncio perante o que aconteceu no Mercado Ferreira Borges: uma maneira nova, um estilo diferente e uma autenticidade que se vai fazendo rara.

Por isso digo e sublinho: há algo de novo que está a nascer!
Podemos, pelo menos, orgulharmo-nos disso. Eu sinto esse orgulho.

5 comentários:

  1. Meu caro douro

    Não fui ao Ferreira Borges ( personagem histórica que não me cativa) mas pelo que vi e soube, hoje alguma Foz foi ao Porto.

    A bem da Nação
    FVF

    ResponderEliminar
  2. Enquanto homem da comunicação política e (factor não despiciendo) leitor assíduo deste blogue, permitam-me algumas notas sobre a apresentação de Rui Moreira:

    - Ambiente soturno e deprimente da sala. Talvez influenciado pelo Hard Club...

    - Voz embargada, nervosa e monótona do candidato;

    - Início frouxo de discurso;

    - Necessidade plástica, logo pouco genuína, de se afastar dos "partidos", ser "livre" e "democrático";

    - Propostas vagas, algo vazias de conteúdo e sobretudo apresentadas sem convicção;

    - Alfinetadas certeiras a Menezes ("Porto não é uma segunda Barcelona" / "Não vamos desbaratar o que foi feito em projectos megalómanos")

    - Excessiva comiseração social. O Porto preocupado com os "pobres" e os "velhos" soou a discurso datado, ainda que afaste Rui Moreira da imagem fria de Rui Rio;

    Em traços gerais, achei a apresentação de Rui Moreira bastante pobre do ponto de vista cénico e pouco convincente no discurso, ainda que conceda o desconto de ser um protagonista pouco treinado para a tribuna. Espero que rapidamente encontre o tom certo e coloque no terreno uma campanha genuinamente transversal. Bem haja.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A Foz não é parte da cidade ou passou para Matosinhos com a nova divisão administrativa?
      Eu fui ao Ferreira Borges não para ver uma peça de teatro, mas antes um acto político. O que vi e acima de tudo, mas de tudo, o que ouvi agradou-me, é original, é sentido pela maior parte dos portuenses como necessário e representa, como não podia deixar de ser nesta altura, uma linha geral. Talvez os comentadores anteriores sejam do bas-fond da Vitória e por isso não gostem da Foz ou adorem a política espectáculo. Eu cá gosto de homens sérios (e mulheres, antes que me caia os Clérigos em cima) e o Rui MOreira é um. Os que passaram pela Câmara do Porto até agora talvez não se enervassem, tivessem jeito para o plateau e fossem empolgantes (do género Vasco Gonçalves), mas eu prefiro a nobreza de uma proposta em boca honrada e com boa praça (entendida esta como fora da javardice partidária actual). Joaquim Pinto da Silva

      Eliminar
  3. A honradez e a seriedade encartada colhe pouco aqui na ralé da Vitória. Prefiro aguardar pelas acções. Traduzem melhor o carácter!

    ResponderEliminar
  4. Releio o meu post (estas coisas da tentação da resposta pronta nas redes) e vejo que poderá haver alguém que se sinta melindrado com a referência à Vitória, à cabeça os habitantes da dita. Porque o não queria, que me desculpem, por favor.

    ResponderEliminar