Ouvi há momentos a ministra Assunção Cristas
anunciar 106 milhões de euros para um programa contra a erosão da costa atlântica. Muito
bem!
Segundo a ministra, este fenómeno da erosão
costeira é o resultado das alterações climáticas e uma fatalidade inelutável. Muito,
muito mal!
É possível que a Sra. Ministra não saiba a
história toda e ignore o essencial, mas se é certo que ninguém é obrigado a
saber tudo, é igualmente verdade que um responsável político deve rodear-se de
quem sabe e ouvir os que conhecem. Se a D. Cristas tivesse feito isso saberia
que não se pode silenciar as consequências nefastas que a multiplicação de
barragens tem causado à nossa orla costeira por causa dessa retenção
anti-natural dos sedimentos que de outra forma alimentariam o areal das praias
portuguesas.
Apesar da sua juventude e inexperiência,
acreditei inicialmente que esta senhora traria à gestão política da
agricultura, do ambiente e do ordenamento do território uma seriedade e um
rigor que lhes têm faltado há muitos anos. Entretanto reparei duas coisas na
sua actuação: o retorno em força do eucalipto e a mais pura manipulação da opinião
pública relativamente ao problema da barragem do Foz Tua. E nada sobre o
ordenamento do território.
Com as suas declarações sobre o fatalismo climático,
para o qual aliás nada propõe a não ser duas aspirinas na forma dos tais cem
milhões, a ministra Assunção Cristas revelou-se o peso político pluma que
afinal sempre foi.
Dito
isto, tenha umas Páscoas felizes!
Pergunta:
ResponderEliminarEntão porque é que na Madeira com aquelas ribeiras todas a debitar no mar, não há areia?
Se calhar os rios caudalosos de Porto Santo é que são os culpados.
Caro anònimo, sugiro-lhe uma breve leitura,entre muitos outros, do ponto IV.2.a) do Estudo de Avaliação...para a faixa costeira (1993 JM Alveirinho Dias)que pode encontrar ali: http://w3.ualg.pt/~jdias/JAD/ebooks/Ambicost/4_Ambicost_Causas%20Er.pdf
EliminarFutura CEO daquela empresa chinesa que controla a rede hidrográfica portuguesa…
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