« À chacun sa marotte »,
dizem os franceses. A tradução literal será qualquer coisa
do género “cada um tem as suas manias”. Uma das minhas é a embirração com certas
palavras que aparecem de moda e que de repente se colam ao discurso do
'mainstream' como um vírus resistente a qualquer antibiótico.
Há jornalistas peritos na propagação destes vírus,
e é vê-los ou ouvi-los bem esticados a polvilharem os seus textos com as tais
modas que na maior parte das vezes são apenas asneiras porque mal empregues e
mal compreendidas.
Assim aconteceu com a palavra ‘paradigma’, que
hoje em dia dá um toque de profundidade à mais simples banalidade. Outro
exemplo é a palavra ‘transversal’: a acreditar nos palavrosos que nos informam,
hoje há transversalidade em tudo o que é sítio. Outro exemplo ainda é a palavra
“expectável”, que já nem é uma moda mas uma praga.
Depois admiram-se de ouvirem um bombeiro ou um
polícia afirmar que o cadáver da vítima estava morto. Pudera, com tanto
assassino da língua à solta...
Se este texto fosse escrito no FB eu diria "Gosto"
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