domingo, novembro 18, 2012

Novos Rambos


« À chacun sa marotte », dizem os franceses. A tradução literal será qualquer coisa do género “cada um tem as suas manias”. Uma das minhas é a embirração com certas palavras que aparecem de moda e que de repente se colam ao discurso do 'mainstream' como um vírus resistente a qualquer antibiótico.

Há jornalistas peritos na propagação destes vírus, e é vê-los ou ouvi-los bem esticados a polvilharem os seus textos com as tais modas que na maior parte das vezes são apenas asneiras porque mal empregues e mal compreendidas.

Assim aconteceu com a palavra ‘paradigma’, que hoje em dia dá um toque de profundidade à mais simples banalidade. Outro exemplo é a palavra ‘transversal’: a acreditar nos palavrosos que nos informam, hoje há transversalidade em tudo o que é sítio. Outro exemplo ainda é a palavra “expectável”, que já nem é uma moda mas uma praga.

Depois admiram-se de ouvirem um bombeiro ou um polícia afirmar que o cadáver da vítima estava morto. Pudera, com tanto assassino da língua à solta...

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