segunda-feira, novembro 19, 2012

...e se possível, não de pernas para o ar

Julgo que a ideia foi importada dos Estados Unidos, mas acho piada que os ‘nossos’ ministros pensem que por pôrem um pin na lapela com a bandeira portuguesa os outros lhes reconheçam um especial patriotismo.

Deu-me imenso gozo usar um pin desse género nas semanas seguintes ao primeiro “não” irlandês ao Tratado de Lisboa: aparecia pela manhã na cafetaria do Berlaymont com o pin da bandeira irlandesa e deliciava-me sentir o olhar desconfiado de um ou outro funcionário que temia pôr em causa a sua promoção se me saudasse muito efusivamente.

É para o que servem estes pins, para enganar tolos. Ou então para que os ‘nossos’ ministros não sejam confundidos com os contínuos ao entrarem nas salas bruxelenses do Conselho. Sim, era um bocado chato que um alemão se virasse para o ABranco e com um pst, pst! germânico lhe gritasse: “Wo ist mein Koffie?”. É que o Branco era bem capaz de lhe levar a bica mais o adoçante.

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