segunda-feira, abril 02, 2012

Um arzinho de quaresma


Sinto um misto de piedade e de impaciência de cada vez que ouço o líder do PS.
A piedade, talvez pascoalina, advém do facto de ser tão óbvia a vacuidade do discurso do Sr. Seguro: aquilo é tão básico e pobre que até faz pena e aquela postura de chefe de turma ou de menino que fez a primeira comunhão na véspera acentua-lhe o aspecto burocrático e dá-lhe
aquele ar de funcionário que, tendo acumulado diuturnidades, entende que chegou a hora de ser promovido na repartição.

A impaciência tem a ver com o seu passado. Porquê? Porque precisamente o Sr Seguro não tem passado absolutamente nenhum. Atravessou o socratismo em silêncio e, como rematado carreirista, nunca se atreveu a levantar-se nos congressos para denunciar o desvario. No fundo, teve sempre medo de afirmar-se como oposição e, julgando jogar pelo seguro, revelou-se afinal o que é: um simples Tò-Zé, ou seja, o hífen da autodenominada esquerda. Como acreditar, portanto, que um indivíduo destes seja capaz de dirigir o que quer que seja, se em boa verdade ele próprio não acredita nem em si nem em coisa nenhuma?

Mas importa acrescentar que ninguém no PS tem hoje autoridade para reivindicar um caminho que seja diferente de um mero socratismo engraixado. O Sr. Costa da Câmara de Lisboa bem pode largar aqui e ali , uma vez por outra, uma pérola ou um dixote, mas são afinal os mesmos berloques com que polvilhava os seus discursos de apoio ao chefe de Paris. Quanto ao Sr.
Vitorino, esse decidiu há muito tempo enriquecer e vai fingindo que é advogado para que não se perceba que apenas faz lobby e assembleias gerais. Fora isso, há as múmias de sempre, os videirinhos do costume, as edites das quotas, os renatos de província, tudo barrado de pouca-vergonha e salpicado de muita palração.

O PS não vale nada, é um corpo morto em decomposição acelerada e cheira mal. Dali não há ressureição possível. Enterrem-no e esqueçam-no.

4 comentários:

  1. «O PS não vale nada, é um corpo morto em decomposição acelerada e cheira mal. Dali não há ressureição possível. Enterrem-no e esqueçam-no.»

    É exactamente isso. E como a resistência do PS ao avanço do comunismo, em 1975, fez dele o verdadeiro partido do regime, a falência das suas funções vitais é a falência das próprias funções vitais do regime, que já não está em crise, mas em coma.

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  2. o portugues, catolico, crente, obediente, que dá a outra face e tudo perdoa , bme que irá resuscitar nao ´so o partido, mas o morto vivo do Seguro

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  3. «O PS não vale nada, é um corpo morto em decomposição acelerada e cheira mal. Dali não há ressureição possível. Enterrem-no e esqueçam-no.»
    100% de acordo, e o mesmo se aplica ao PSD e ao CDS, já nada mais são do que simples associações de malfeitores apostados em sacar o mais possível antes que o país rebente e desapareça ou se regenere...

    AM

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