terça-feira, fevereiro 28, 2012

Podia ser côr-de-rosa

A EDPeste tem má consciência e tem razões para isso.
Vai daí, ingrominou uma Fundação que é suposta espalhar bom hálito, perfumes, sorrisos, paz, amor, açúcar, harmonia, verdura, andorinhas, etc e tal, de molde a criar uma imagem progressista e amigável que de alguma maneira lime as pontas dos crimes ambientais e trapaceirices várias que vem cometendo pelo país fora e sobretudo no Norte.

Tudo isso é pago pelo consumidor, como é óbvio, mas fica a ideia de que ainda lhe devemos agradecer a pomada com que nos diz curar a ferida depois de nos ter violado.

Mas o cúmulo da hipocrisia ecológico-cultural da EDPeste é esta presunção de criar património artístico pintando de amarelo o cimento das barragens e contratando o Souto de Moura para lhe desenhar a casa de comando da destruição da Foz Tua. Daqui a uns tempos, diz o Cabrita Reis, a população local há-de-se ter habituado àquele amarelo e vai perceber “a magnitude extraordinária, emocionante” da experiência.

Os “prestigiados” arquitectos e artistas que alinham nesta pantominice têm de saber que para lá do cheque que empocham pelo servicinho, ficam com as mãos besuntadas de verniz pôdre e serão meras etapas de um roteiro do disparate.

3 comentários:

  1. Consta que estas EDPices, como tantas outras, não virão descriminadas na factura...
    FRF

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  2. REPECAGEM, CRIMINOSOS A MONTE
    > O assalto continua......do Sabor, do Tua e do Corgo para a Serra. De entre os milhares de milhões de prejuízo da REFER alguém faz o favor de nos dizer qual o peso específico dos alegados prejuízos de exploração contabilística destas linhas? E o serviço incontabilizável para as populações, a destruição das obras de arte á força de braço quando estes agiotas ainda adormeciam nas entranhas dos antecentes bem como a exploração turística negligenciada? Reportemo-nos agora e apenas à 1ª pedra criminosa da barragem do Tua. Crime digo eu. Trata-se de uma irrepetível centenária obra de arte, esculpida a músculo num cenário montanhoso agrestemente inigualável. Nem precisamos de comparar com o que seria a demolição ou soterramento de estátuas ou pirâmides de outros mundos. Devem os salteadores ser acusados por intenção conscientemente criminosa de decapitação de uma maravilha terrena inseparável do eterno Douro, património da humanidade que não podemos deixar assassinar. Será que a maioria dos Portugueses conhece? É hora de organizar excursões de todo o País á região, para que um sentimento de revolta se instale e impeça tal acto de dimensão terrorista destruidora. Naquelas paragens pelas alturas de S. Mamede de Riba Tua tal a grandeza e extensão do feito chamam-lhe carinhosamente a contemplação do belo horrível. Quem dá caça a tais actos terroristas engendrados no aconchego do ar condicionado e regulados apenas ao sabor de contabilidades caseiras inscritas na parede do lucro fácil com tições de carvão roubado?

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  3. Essa barragem, Foz Tua não está legal. E o actual secretário de Estado da Cultura é um dos maiores responsáveis.

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