Na Holanda há um benefício fiscal que visa atrair os melhores especialistas mundiais a virem trabalhar em empresas do país, especificamente em áreas em que haja falta de mão-de-obra especializada.
Se determinado trabalhador especialista for contratado por uma empresa holandesa vindo do estrangeiro, numa área em que é difícil encontrar trabalhadores dentro do país, os impostos sobre o rendimento só incidem sobre 70% do seu ordenado, ou seja, recebe 30% do ordenado livre de impostos.
Claro está é necessário que tanto a empresa como o trabalhador provem que este tem as características que o tornam único e essencial no mercado de trabalho nacional, mas a partir do momento em que é aceite, esta regra vale por 10 anos!
E se o nosso governo fizesse uma coisa parecida, de modo a atrair os bons e os melhores de volta ao nosso país? Era uma maneira de aumentar a produtividade e as receitas dos impostos (sim, porque mais vale receber 70% do que 0%). Voltar a reunir todo conhecimento e experiência acumulada por portugueses emigrados e espalhados pelo mundo fora, que estão à procura de uma maneira de voltar ao seu País, não seria uma má jogada.
Tudo bem, poder-se-á dizer que não é justo para quem cá ficou, mas ficamos todos mais pobres por não ter capacidade de atrair quem saiu. Passamos a ter pessoas altamente competentes e especializadas, com uma experiência internacional que trarão uma mais-valia à nossa economia (por juntarem as melhores práticas dos outros países ao nosso engenho), para além de serem mais uns consumidores (e contribuintes) a gastar dinheiro em Portugal.
Este mercado do conhecimento é algo que nos está a escapar, mas é o que torna e mantém as grandes economias assim tão grandes.
Será possível aplicar algo parecido em Portugal?
Kito
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