segunda-feira, junho 06, 2011

Lavar dos cestos (6)


A vitória do PSD tem duas qualidades : a primeira é a de ser uma vitória expressiva.
Importa a este propósito lembrar que foi uma vitória tão mais conseguida quanto do outro lado estava aquela máquina sinistra e mafiosa de um PS instalado no poder, nas empresas, nos media, nos bancos, na cobardia, no caudilhismo e na imbecilidade. Mais expressiva que a vitória que em tempos deu ao PS uma maioria absoluta, pois nessa altura do outro lado estava um Santana, ou seja, o Santana em pessoa.

A segunda qualidade é a de nos ter liberto de uma maltinha inapresentável que se pode agora encaixar nas administrações das construtoras ou na Caixa Geral dos Depósitos ao lado da D. Celeste Cardona, que desde então nunca mais sabiamente abriu o bico.

Resta agora aguardar pelo folhetim da formação do Governo. Já puz 3 velas a S. Gregório a pedir que certas personagens que ontem aplaudiam o Sr. Passos Coelho emigrem para Hamburgo onde se come muito bem. Quanto aos ministérios a oferecer aos centristas, sugiro o da agricultura: conhecem-lhes os bonés e os rabos de vaca e por alguma razão o Sr Sevinate mudou recentemente de montada.

5 comentários:

  1. Não sei se foi do título dos posts, mas isto foi uma tarde de grande vindima! Foi cortar rente os cachos todos. Ou melhor, quase todos...
    abr

    JAC

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  2. Amigo Francisco
    De acordo com quase todas as lavagens.
    Mas se partilho de alguma satisfação pelo fim do "socratismo" não nutro qualquer esperança quanto ao que aí vem e recuso aceitar como curriculum a falta de curriculum.
    Em meu entender os eleitores votantes (e eu desta vez votei) não escolheram o "mal menor" optando sim por substituir o "mal" pelo "pior".
    Mas considero também que tamanha abstenção não é toda desinteresse, como nunca foi desinteresse a minha militância de 25 anos na abstenção.
    Uma parte importante desses 4 milhões é a de cidadãos que não aceitam já este regime, estes partidos, este sistema, enfim esta "democracia" de faz de conta.
    Os tempos que aí vem vão ser duros não apenas pelas medidas (injustas e ineficazes) que nos foram impostas pela "nossa troyca" (a do PS, PSD, CDS) mas também pelo inevitável reforço da conflitualidade que vai acarretar e por a luta ir passar a ser disputada na rua e não no parlamento.
    O único aspecto que vejo de positivo é a inevitabilidade de que o início de um ciclo ser também e inexoravelmente o início da contagem decrescente para o seu fim(que gostaria breve).

    Abraço

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  3. Concordo globalmente com AM. E não sei como é que se pode sustentar que não chegar aos 40% contra o pior primeiro-ministro de que há memória em Portugal se pode considerar uma vitória expressiva. À frente do PSD, até o Noddy ou o Bob Construtor teriam feito melhor.

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  4. O Bob Construtor ainda vá - que com certeza seria apoiado pelo Jorge Coelho - mas quanto ao Noddy, não estou nada a ver. Ernesto

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  5. A segunda qualidade, caro Douro, vai sair bem cara ao país - como sempre: é que é preciso pagar às dezenas e dezenas de doutoras celestes cardonas para lá colocar quem agora foi defenestrado. O regabofe entre PS e PSD (com incursões episódicas do CDS) é que colocou este desgraçado país no ponto de não-retorno em que ele já se encontra. Ernesto

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