quinta-feira, abril 07, 2011

ENGANA-ME QUE EU GOSTO

E pronto, está (mal) resolvido. Sócrates é impagável. Diz ele que tentou tudo. Tentou sim senhor, tentou tudo mal. Vamos ter de pedir e negociar ajuda nas piores condições possíveis, qual náufrago prestes a afogar-se. O mesmo Sócrates que andou anos a enganar e a iludir, a dizer que estava tudo bem e que não era preciso ajuda nenhuma nem mudar nada, deixa o país exangue, sem soberania e sem perspectivas.

Não há luz, nem fundo, nem sequer túnel para onde possamos olhar.

E diz ele que está preocupado com o prestígio de Portugal. Depois de tudo ainda goza connosco. Não temos desculpa, porque nós sabíamos que só podia dar nisto. Há meses, senão anos, que se estava a ver que a gestão socrática nos iria levar ao que levou e não era preciso ouvir Medina Carreira para tirar essa conclusão. Bastava ouvir as palavras do próprio Teixeira dos Santos ao longo dos tempos para uma pessoa deitar as mãos à cabeça.

Preferimos ser enganados por Sócrates, à espera de um qualquer milagre, a assumir o problema e resolvê-lo. A culpa não é, pois, só de Sócrates e da sua incompetência - para não usar qualificativos mais duros embora merecidos -, é também de quem permitiu que uma pessoa destas fosse primeiro ministro de Portugal durante os últimos seis anos, dirigindo um governo, como um amigo me dizia há tempos, em que uns são totalmente incapazes e os outros capazes de tudo.

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