sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Crise em estabilidade

Nos últimos anos temos vivido em estabilidade política. Tanto Sócrates como Cavaco completaram calmamente os seus mandatos e ambos foram reeleitos.

Não obstante, neste mesmo período, a nossa vida tem sido constantemente acompanhada da palavra crise.

A crise está permanentemente no ar. Se não concordas comigo não tens sentido de responsabilidade e estás a provocar a crise.

Os apelos à estabilidade também. Se não concordas com ele não tens sentido de estado e estás a ameaçar a estabilidade de que sou garante.

Tenho mesmo a sensação que, neste marasmo que nos afoga, a única coisa que se tem mantido verdadeiramente estável é a própria crise.

A ponto de me interrogar sobre a bondade de uma tal estabilidade…

5 comentários:

  1. QUE SEDE QUE EU TENHO

    Sou da geração do velho tostão
    Calças rotas na mão
    Que sede que eu tinha

    Sou da geração das magras vacas
    Bacalhau ás lascas
    Que sede que eu tinha

    Sou da geração de sebo no pão
    Morder o calo na mão
    Que sede que eu tinha

    Sou da geração que paga a dobrar
    Cá os anda a aturar
    Que sede que eu tenho

    Sou da geração que sacode o ranho
    Que lhes serve p´ró banho
    Isto é que vai uma sede

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  2. Também subscrevo: já somos três.

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  3. Também subscrevo.

    Registo até uma certa estabilidade crítica, nesta subscrições...

    um abraço

    JAC

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