Nos últimos anos temos vivido em estabilidade política. Tanto Sócrates como Cavaco completaram calmamente os seus mandatos e ambos foram reeleitos.
Não obstante, neste mesmo período, a nossa vida tem sido constantemente acompanhada da palavra crise.
A crise está permanentemente no ar. Se não concordas comigo não tens sentido de responsabilidade e estás a provocar a crise.
Os apelos à estabilidade também. Se não concordas com ele não tens sentido de estado e estás a ameaçar a estabilidade de que sou garante.
Tenho mesmo a sensação que, neste marasmo que nos afoga, a única coisa que se tem mantido verdadeiramente estável é a própria crise.
A ponto de me interrogar sobre a bondade de uma tal estabilidade…
Subscrevo.
ResponderEliminarQUE SEDE QUE EU TENHO
ResponderEliminarSou da geração do velho tostão
Calças rotas na mão
Que sede que eu tinha
Sou da geração das magras vacas
Bacalhau ás lascas
Que sede que eu tinha
Sou da geração de sebo no pão
Morder o calo na mão
Que sede que eu tinha
Sou da geração que paga a dobrar
Cá os anda a aturar
Que sede que eu tenho
Sou da geração que sacode o ranho
Que lhes serve p´ró banho
Isto é que vai uma sede
Também subscrevo: já somos três.
ResponderEliminarTambém subscrevo.
ResponderEliminarRegisto até uma certa estabilidade crítica, nesta subscrições...
um abraço
JAC
Eu também subscrevo
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