quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Com os cornos na terra


Muita tinta tem corrido sobre o anúncio da moção de censura dos bloquistas.
Mas o que mais me impressiona, para lá do taticismo trapalhão do Dr. Louçã, é a prestreza com que partidos da oposição anunciam e decidem que preferem continuar com o actual governo.

Se, como disse alguém, só poderemos contar com eles quando estivermos num beco sem saída ( ainda não estamos?) ou ocorrer o cataclismo da ruptura financeira (mas ainda há dúvidas sobre isso?), então vale perguntar-lhes para que é que servem a não ser para lavarem as mãos enquanto assistem de bancada ao desastre. Contorcionistas de almanaque.

Estão uns para os outros e fazem todos parte do mesmo regime.

4 comentários:

  1. Caro Douro

    Via facebook deixei esta sugestão em comentário, na página de Francisco Louçã, pensando que permitiria uma saída airosa para todos (?):

    "Caro Francisco Louçã

    Se me permite a sugestão:
    Para mostrar de vez quem é e quem não é sério, porque não anunciar que o BE está disposto a desistir de apresentar a moção de censura, se houver abertura, por parte da maioria (leia-se PSD e CDS) dos restantes partidos da oposição, para procurar uma solução de consenso que leve à demissão deste governo e à devolução da palavra aos portugueses?
    Se afinal toda a oposição está de acordo (ou diz que está) em que a demissão deste governo seria favorável ao país mas se recusam a utilizar a ferramenta (moção de censura) anunciada pelo BE, por vir de onde vem, por não ser séria, blá, blá, bla´.
    Então, com "sentido de estado", com" humildade democrática", ou outras justificações quaisquer, será decerto possível a uma comissão qualquer de deputados da oposição, em duas "penachadas", avançar com uma redacção suficientemente abrangente, que seja possível ser votada favoravelmente por todas as bancadas da oposição, por se destinar tão só a acabar com este mal (este governo) e a devolver a decisão aos seus donos, os portugueses.
    Assim poder-se-ia resolver de imediato (logo que constitucionalmente permitido) este problema e não haveria lugar a mais desculpas ou a justificações falaciosas.
    Se é para "baralhar e tornar a dar" seria pelo menos a forma de ver quem está efectivamente "a jogo" e quem não passa de mero "bluff".
    Fica a sugestão."

    Naturalmente que ninguém reparou nesta minha sugestão.
    Como muito bem diz estão todos muito bem uns para os outros.

    Um abraço
    Neri

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  2. Os eleitores de direita - com estupidez e com espanto - começam agora a perceber que a eleição de Aníbal Silva foi o melhor seguro de vida para Sócrates. Louçã é um fait divers.

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  3. HISTÓRIA INGRATA
    Um mínimo de reconhecimento em vez de condenação, exigiria saudações ao Bloco por ter conseguido juntar todas as crenças e obediências desavindas em coro solene nesta epopeia de supremo patriotismo. Desde a comunicação social a tantas outras forças vivas da nação, não há cão nem gato que não entre na beata procissão. Santo Louçã, depois das trevas dos ingratos ainda serás beatificado. Interrupção da democracia já segundo Sócrates, é o que está a dar. Como ri Manuela!

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  4. Ainda não é o momento, dizem as sondagens, perdão, diz o senhor Passos Coelho...
    FRF

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