domingo, janeiro 23, 2011
Viva o México!
Cavaco Silva passou a sua campanha a dizer que estas eleições eram muito importantes.
A maioria dos eleitores achou que não eram importantes.
Cavaco perdeu.
O Alegre passou a campanha a dizer que o seu percurso passado era uma garantia para o futuro.
Uma larga maioria dos eleitores não confiou na dita garantia.
Alegre perdeu.
Fernando Nobre passou a campanha a puxar dos galões de humanista impoluto como caução para o desempenho de mais altas funções.
Uma ainda mais larga maioria de eleitores tirou-lhe o escadote.
Nobre perdeu.
Francisco Lopes passou a campanha a afirmar-se como a voz dos trabalhadores.
Uma minúscula minoria ouviu-o enquanto uma larguíssima maioria dos tais trabalhadores preferiu outros timbres.
Lopes perdeu.
O Moura passou a campanha a abotoar um casaco mal feito e a piscar o olho alegremente à porta das confeitarias.
Uma microscópica minoria de eleitores comoveu-se com os sapatos do dito.
Moura perdeu.
O Coelho passou a campanha a pisar bolinhas de mau-cheiro.
A maioria dos eleitores tapou o nariz.
Coelho perdeu.
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