Como refere o JAC num comentário a um post abaixo sobre a imposição de portagens nas Scuts do Norte, trata-se de uma medida que, além de injusta, desrespeita os minimos da decência ao ignorar olimpicamente os princípios da universalidade e da simultaneidade.
E revela mais uma vez o tique manhoso de um Governo poltrão que em vez de questionar o bem-fundado de contratos de concessão defeituosos e de parcerias leoninas, assalta o bolso do cidadão ao mesmo tempo que se revela incapaz de cortar a despesa e o desperdício.
O argumento de que só pagam os que utilizam essas estradas é outra falácia, pois é evidente que o transportador vai repercutir os seus custos no produto transportado e o cidadão que por lá não passa vai arcar com a sua quota.
Outras duas lições: quando num caso destes a oposição se abstém é porque é suficientemente cobarde para se atrever a votar a favor das portagens. Mais valia.
E quando um Tribunal ( e não um menor, pois trata-se do Administrativo Central do Norte) decide a favor de uma providência cautelar mas o Governo passa adiante, então há algo de muito pôdre no nosso sistema ou na nossa legislação.
Já não sei se podemos falar apenas no direito à indignação. A palavra revolta parece mais adequada. Resta passar das palavras aos actos.
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