segunda-feira, junho 21, 2010

Eu não gosto do Saramago

Nesta nacional porreirice em que vamos vivendo, a imprensa pátria passou o fim de semana a confundir o autor José Saramago, com o cidadão Saramago.

O primeiro é um grande escritor, está vivo nas suas obras e foi premiado com o Nobel pela grandeza da sua obra. Eu gosto. Mas sobretudo agradeço-lhe o contributo para a divulgação da nossa língua, cultura e história. Apreciava-lhe a capacidade de escrever claro com um uso muito pouco vulgar da pontuação; e a imaginação. Este autor merecia e devia ter tido a homenagem do Presidente da República.

O homem Saramago, era um crápula. Não foi nunca um herói da liberdade, como a nossa imprensa apregoa, ainda que possa ter sido um combatente do antigo regime fascisto-porreirista. Hipócrita, foi casmurro nas convicções políticas de juventude, não tendo vergonha de defender o indefensável. Persistiu na sua casmurrice até à morte, ainda para mais arrogando-se uma autoridade libertária que não tinha e em que não acreditava. Era de esquerda porque queria lá por a gente dele, mais nada. Usava os argumentos caridosos da esquerda, porque é sempre mais fácil falar do dinheiro dos outros do que do próprio. Felizmente, o povo nunca deu aos comunistas a hipótese de nos governarem, porque senão teria sido desmistificante ouvir Saramago a defender as asneiras deles...

Esta distinção entre o autor-romancista-escritor, aliás de profunda espiritualidade ainda que anti-católico e anti-crente, e o cidadão de extrema esquerda precisava de ter sido feita por alguém com autoridade. Nem que fosse apenas a autoridade do Estado. Poderia ter sido um Presidente da República de direita. Se houvesse.

2 comentários:

  1. Já para não falar na quantidade de gente que saneou no DN depois da Abrilada de 74...

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  2. o que vale, é que há vozes que não chegam ao Céu !!!
    lempo

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