Já sabíamos que os tribunais portugueses são uma laracha.
Ontem, em Bragança, um julgamento teve de ser adiado porque o Ministério Público faltou. Os 14 delegados e a sua hierarquia acharam que era melhor irem a uma formação em vez de cumprirem a tarefa e as funções para que foram nomeados e são pagos. Quanto aos outros intervenientes, ou seja, juízes, advogados, réus e outras partes, pois que se lixem. O Ministério Público do Arquivador-Geral tem outras prioridades. Imagino que a acção de formação tenha sido sobre " a melhor maneira de enterrar ainda mais a justiça nacional". Boa sucata.
Já sabíamos que os hospitais portugueses são perigosos.
Ontem um doente que devia ser operado ao braço esquerdo saiu da sala de operações com o direito operado e no esquerdo nem lhe tocaram.
Há meses, vários doentes oftalmológicos ficaram cegos na sequência de um rol de asneiras no manuseamento dos produtos que lhes injectaram nos olhos. O Estado deu-lhes uns euros para que comprem bengalas.
Já sabíamos que as escolas portuguesas são uma vergonha.
Não há respeito nem autoridade, o nível de exigência é baixo, os resultados são fraquíssimos, a complacência impera e os miúdos, quando não se esmurram uns aos outros, insultam ou agridem os professores. Vá lá que nem tudo é mau pois há escolas em que não cai uma telha todos os dias ou em que não rebenta um cano todas as semanas ou em que não há uma intoxicação alimentar todos os meses e nem todas estão ao lado de uma fabriqueta de pirotecnia, daquelas que explodem duas ou três vezes por ano.
Felizmente, há sempre uma antena regional do Terreiro do Paço a acompanhar estas minudências e não falta quem de chapéu na mão se prontifique para suspender de imediato um qualquer bota-abaixista que, a propósito destas insignificâncias, falte ao devido respeito ao nosso glorioso líder.
Você disse Bragança? Onde é que isso fica?
Mas, meu caro, je a justiça melhorasse, se a saúde melhorasse, se a educação melhorasse, se a comunicação melhorasse, se alguma coisa melhorase, as promessas eleitorais fcariam reduzidas a quê? Impostos? Mas estes não se prometem, fazem-se. Logo de seguida. E campanha que não seja alegre não é campanha que se preze.
ResponderEliminarFRF
Claro que a culpa da falta do MP em Bragança foi do centralismo lisboeta... tal como é a culpa de tudo o que funciona mal neste país. Devo dizer-lhe que aqui no tribunal de Lisboa também faltou outro dia um juiz para ir a uma dessas malfadadas formações, não foi por estarmos no centro aglutinador do poder que tivemos mais sorte que a malta de Bragança...
ResponderEliminarNão se percebe, aliás, o nexo causal do seu infortúnio judicial com o centralismo, acha que, se houvesse regionalização, as coisas seriam diferentes?
Boa-tarde caro anónimo das 2.58h
ResponderEliminarNão sei se lhe sei responder, porque não posso garantir-lhe que seria melhor, embora acredite que seria diferente. Diferente como? Desde logo porque uma regionalização arrumaria de outra maneira essa catrefa de antenas locais que apenas respondem ao centro. Seja a Direcção Regional de Educação, seja a Direcção Regional de Saúde olham mais para Lisboa do que para Bragança e não assumem a responsabilidade política das suas acções perante ninguém. Quanto à Justiça, nem sei que lhe diga, tal é o desastre nacional, e a coisa terá de facto pouco a ver com a Regionalização. Mas havemos de pensar nisso. E obrigado pelos seus reparos
.. parece o telejornal da TVI .. só desgraça ..
ResponderEliminarLuis Vasquez
PS: Só uma notinha p dizer que o Hospital do braço era privado ... ( para não se bater sempre no mesmo ceguinho ) :)