O erro maior dos TGVs deste País foi a ideia peregrina de tirar das empresas existentes e do Estado as competências de pensar o futuro em transportes. Essas NAL, RAVE e outras que tais, servem de taxos para muita gente, mas serviram essencialmente para poluir a discussão com argumentos espúrios que desacreditaram tudo quanto fosse grande projecto de transportes.
Uma das grandes vítimas dessa destruição foi a NECESSIDADE URGENTE de modernizar a ferrovia nacional, nomeadamente para permitir a ligação dos nossos portos oceânicos, em especial Sines, à Espanha e por ela à Europa.
Por isso é que os especialistas sentiram necessidade de voltar a explicar conceitos básicos. Como o da bitola europeia e do seu significado.
Parece que, finalmente, esses argumentos começam a colher.
Creio que é um bom sinal quando se discute a construção de linhas para mercadorias (questão de fundo e estratégica para o País) e não apenas os tempos de percurso para passageiros (questão artificial e enganadora, para enganar o povo) ...
Mesmo se os recursos são escassos, caros e de difícil alcance. Ou talvez por isso mesmo...
Há muito que defendo que é preciso renegociar as auto-estradas já concessionadas; recalendarizar a sua execução para prazos mais consentâneos com a procura; e repriorizar a construção da rede ferroviária, aproveitando a capacidade construtora libertada nas fases anteriores. Inch'Allah!!!
É possível um Portugal melhor. Mas é preciso querer. Muito
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