terça-feira, maio 18, 2010

Bitolas

Quem acompanhou o Prós e contras de hoje à noite, compreenderá facilmente o que escrevo a seguir.

O erro maior dos TGVs deste País foi a ideia peregrina de tirar das empresas existentes e do Estado as competências de pensar o futuro em transportes. Essas NAL, RAVE e outras que tais, servem de taxos para muita gente, mas serviram essencialmente para poluir a discussão com argumentos espúrios que desacreditaram tudo quanto fosse grande projecto de transportes.

Uma das grandes vítimas dessa destruição foi a NECESSIDADE URGENTE de modernizar a ferrovia nacional, nomeadamente para permitir a ligação dos nossos portos oceânicos, em especial Sines, à Espanha e por ela à Europa.

Por isso é que os especialistas sentiram necessidade de voltar a explicar conceitos básicos. Como o da bitola europeia e do seu significado.

Parece que, finalmente, esses argumentos começam a colher.

Creio que é um bom sinal quando se discute a construção de linhas para mercadorias (questão de fundo e estratégica para o País) e não apenas os tempos de percurso para passageiros (questão artificial e enganadora, para enganar o povo) ...

Mesmo se os recursos são escassos, caros e de difícil alcance. Ou talvez por isso mesmo...

Há muito que defendo que é preciso renegociar as auto-estradas já concessionadas; recalendarizar a sua execução para prazos mais consentâneos com a procura; e repriorizar a construção da rede ferroviária, aproveitando a capacidade construtora libertada nas fases anteriores. Inch'Allah!!!

É possível um Portugal melhor. Mas é preciso querer. Muito

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