Porque ontem foi sábado, hoje é domingo e joga-se a final de uma qualquer liga de futebol no estádio de Faro (um dos muitos erguidos para a final dum qualquer euro). A construção de 10 novos e ricos estádios, num país pobre, foi o desastre que se previa (tal como o foram as scuts ou como serão os tgvs). Mas as emoções triunfaram sobo re as razões. Agora, afogados com os custos dos investimentos e, sobretudo, com os custos de manutenção que tais estádios sugam, os clubes entraram em derrapagem e lá se vão apagando (beira-mar, boavista, leiria) ou mesmo desaparecendo (farense). Vozes sensatas aconselham a destruir tais estádios (um estádio em pé, mesmo vazio, tem sempre custos, no chão, custa zero e ainda se pode realizar uma mais valia no terreno). Mas as emoções continuam a sobrepor-se à razão. Vão-se, pois, os clubes, mas fiquem os estádios. E os custos? Sentam-se à mesa dos orçamentos públicos, pois então, que depois se distribui pelo povo, como habitualmente. Mas os estádios não podem ficar totalmente vazios, senão as tais vozes da razão poderão ser ouvidas. Arranja-se então uma argumento para justificar a manutenção de tais elefantes brancos. Foi assim que para o caso de Faro se inventou a tal final da taça da liga. No passado ano, lá foi o pessoal futeboleiro da capital assistir à dita final no Algarve. Só em combustível foi um ver se te avias, o que o ambiente também agradece. Este ano a coisa é repartida entre Porto e Lisboa, e lá vai o pessoal de novo passar um Domingo ao Algarve, deixando os habituais estragos pelo caminho. Mas as cabeças pensantes da organização desta final, como boas que são, decidiram ainda que o jogo seria às 19h15. Assim o pessoal fica com o dia todo para umas cervejas, uns estragos e uns confrontosinhos adicionais. Sendo uma final, é previsível que possa haver prolongamento e penaltis, o que tudo pode atirar para as 22h30. Depois é o agora saiem uns, depois saiem outros, o regresso a Lisboa de uns e ao Porto de outros, o jantarinho pelo caminho, mais uns piropos e as chegadas já na madrugada se segunda-feira, cuja manhã de trabalho já se foi. Mas fazer o jogo às 15h00 não dava para justificar o custo de manter a iluminação do estádio. Enfim, tudo gente iluminada... bom jogo, farripas
Porque ontem foi sábado, hoje é domingo e joga-se a final de uma qualquer liga de futebol no estádio de Faro (um dos muitos erguidos para a final dum qualquer euro). A construção de 10 novos e ricos estádios, num país pobre, foi o desastre que se previa (tal como o foram as scuts ou como serão os tgvs). Mas as emoções triunfaram sobo re as razões. Agora, afogados com os custos dos investimentos e, sobretudo, com os custos de manutenção que tais estádios sugam, os clubes entraram em derrapagem e lá se vão apagando (beira-mar, boavista, leiria) ou mesmo desaparecendo (farense).
ResponderEliminarVozes sensatas aconselham a destruir tais estádios (um estádio em pé, mesmo vazio, tem sempre custos, no chão, custa zero e ainda se pode realizar uma mais valia no terreno). Mas as emoções continuam a sobrepor-se à razão. Vão-se, pois, os clubes, mas fiquem os estádios. E os custos? Sentam-se à mesa dos orçamentos públicos, pois então, que depois se distribui pelo povo, como habitualmente.
Mas os estádios não podem ficar totalmente vazios, senão as tais vozes da razão poderão ser ouvidas. Arranja-se então uma argumento para justificar a manutenção de tais elefantes brancos.
Foi assim que para o caso de Faro se inventou a tal final da taça da liga. No passado ano, lá foi o pessoal futeboleiro da capital assistir à dita final no Algarve. Só em combustível foi um ver se te avias, o que o ambiente também agradece.
Este ano a coisa é repartida entre Porto e Lisboa, e lá vai o pessoal de novo passar um Domingo ao Algarve, deixando os habituais estragos pelo caminho.
Mas as cabeças pensantes da organização desta final, como boas que são, decidiram ainda que o jogo seria às 19h15. Assim o pessoal fica com o dia todo para umas cervejas, uns estragos e uns confrontosinhos adicionais. Sendo uma final, é previsível que possa haver prolongamento e penaltis, o que tudo pode atirar para as 22h30. Depois é o agora saiem uns, depois saiem outros, o regresso a Lisboa de uns e ao Porto de outros, o jantarinho pelo caminho, mais uns piropos e as chegadas já na madrugada se segunda-feira, cuja manhã de trabalho já se foi.
Mas fazer o jogo às 15h00 não dava para justificar o custo de manter a iluminação do estádio. Enfim, tudo gente iluminada...
bom jogo,
farripas