quarta-feira, março 31, 2010

Paciência de Job

A minha mulher, a minha filha e eu embarcámos em Bruxelas, no dia 27 de Março, no voo TAP 603 com destino directo ao Porto. O aviãozeco da Portugália vinha cheio. Chegados ao Porto, informam-nos que as nossas 3 malas não tinham vindo. Entretanto apercebemo-nos que outros 8 passageiros ficaram igualmente sem malas e que alguns deles haviam reparado, ao entrarem no avião, que estavam a retirar para o lado algumas malas, em vez de as carregarem no porão.

Passaram mais de 24 horas sem que os serviços da Groundforce do aeroporto do Porto tenham dito o que quer que seja, embora saibam que essas malas ficaram em Bruxelas « porque o avião estava com excesso de pêso ». Quando os contactei, disseram-me que não podiam garantir nem assegurar que as malas viessem no dia seguinte ou depois. Diga-se de passagem que a telefonista do aeroporto Sá Carneiro tem instruções precisas para não passar qualquer chamada para a Groundforce e que os passageiros só podem contactar um serviço call-center em Lisboa, o qual também não dá quaquer informação. Só depois de muita insistência minha, explicando que estou fora do Porto e que tenho medicamentos nessa bagagem e que preciso de informações mais rigorosas é que a menina aceitou passar-me alguém da Groundforce.

Ou seja, apesar do contrato que fizemos com a TAP, apesar de termos respeitado os limites de pêso da nossa bagagem, apesar das taxas aeroportuárias altíssimas que nos exigem, alguém arbitrariamente e unilateralmente decidiu escolher umas tantas malas para ficarem no tarmac de Zaventem, sem nada nos dizerem ou prevenirem, e depois tratam-nos no destino desta forma. Estivemos encalhados em Penafiel, agarrados ao telefone a tentar contactar fantasmas e call-centers, num percurso de combatente para tentar encontrar um interlocutor que nos desse uma informação ou uma esperança e ninguém assume responsabilidades ou, pior, todos se escondem atrás de respondedores automáticos ou nos recusaram n°s de telefone em Portugal ou em Bruxelas para sabermos o que se passava.

A minha mulher diz filosoficamente : « chegámos a Portugal ». E diz tudo.

2 comentários:

  1. amigo, posso emprestar-te umas roupitas. Nú não ficarás.

    abraços
    carlos

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  2. Fiquei 3 semanas entre Venezuela e Colombia sem mala. Casei lá de sapatilhas!
    Estas companhias aéreas fazem o que querem e dão prejuízo na mesma.

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