Os últimos dias mostraram a quem ainda tivesse dúvidas que o Governo e o Partido de Sócrates são capazes do pior para amarfanhar a opinião, sobretudo se esta é livre e crítica.
Alguns de nós receiam que o país esteja a tal ponto desvitalizado que seja incapaz de reunir um mínimo de energias para reagir como deveria a tudo o que se vai sabendo.
Ainda assim, considero que o verdadeiro teste à aparente anemia dos nossos co-cidadãos vai ser o pacote de medidas que o Governo vai ter de apresentar para sossegar Bruxelas e os mercados internacionais. E aí desconfio que o teste se fará na rua.
O Governo sabe isso e vai preparando uma porta de fuga, seja à moda Guterres, seja ao estilo Barroso. Entretanto, trata da sua vidinha, ou seja, manobra e negoceia. Sob a capa de fumo da nossa indignação face às últimas notícias em matéria de asfixia democrática, o Comité de Negócios em que o Governo se transformou ultima à sucapa, por intermédio das empresas públicas onde pululam "Penedos" e das privadas que rezam ao Espírito Santo, umas nebulosas operações à volta da Cimpor, da Galp e da EDP.
Os acordos para-sociais que estão a ser cozinhados com "brasileiros" amigos e os angolanos do costume, que para cúmulo beneficiam de financiamentos das nossas próprias instituições financeiras, não podem passar entre as gotas da chuva.
Se nas próximas semanas assistirmos ao desmoronamento deste Governo, é fundamental estar muito atento às manobras e negócios da 25° hora dos que fazem malas e já aquecem lugares em certas administrações. Os últimos dias de gente desta laia são os mais perigosos. É que seremos todos a pagar depois a factura.
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