Imagino que logo ao fim da tarde e depois de mandarem fechar as portas, os dirigentes europeus ataquem uma vichyssoise como entrada de um repasto agitado donde é suposto saírem os nomes do Presidente do Conselho Europeu e do Vice-Presidente da Comissão e Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.
A pomposa designação dos novos cargos (só o segundo comporta mais de 10 palavras) espelha, a meu ver, esta tendência moderna de carregar no embrulho sem curar muito de saber o que se põe dentro. Aliás, a profusão de candidatos e a regateirice inter-pares que a tem acompanhado demonstra pelo menos duas coisas: que não há nomes óbvios, pois são todos de uma medíocre mediania, e que esta barafunda é apenas o prenúncio da confusão que se lhe seguirá relativamente ao exercício das competências de uns e de outros. Nessa, como noutras matérias, o Tratado de Lisboa cumprirá os seus objectivos, isto é, complicar mais e afastar ainda mais o cidadão.
O debate de ontem na Assembleia da República sobre o dito tratado foi igualmente esclarecedor: uma chatice que desmobilizou mais de metade dos deputados e onde o ministro Amado repetiu uns lugares comuns para contento de um hemiciclo quase vazio que desesperava por ir tratar de outras coisas.
A presidência sueca encomendou pequeno-almoço, pois receia-se que as "negociações" de logo se prolonguem pela noite adentro e chegue a hora matinal de café e croissants sem que haja fumo branco.
Como diria David (salmo XLII, 8): "Abyssus abyssum invocat"
A pomposa designação dos novos cargos (só o segundo comporta mais de 10 palavras) espelha, a meu ver, esta tendência moderna de carregar no embrulho sem curar muito de saber o que se põe dentro. Aliás, a profusão de candidatos e a regateirice inter-pares que a tem acompanhado demonstra pelo menos duas coisas: que não há nomes óbvios, pois são todos de uma medíocre mediania, e que esta barafunda é apenas o prenúncio da confusão que se lhe seguirá relativamente ao exercício das competências de uns e de outros. Nessa, como noutras matérias, o Tratado de Lisboa cumprirá os seus objectivos, isto é, complicar mais e afastar ainda mais o cidadão.
O debate de ontem na Assembleia da República sobre o dito tratado foi igualmente esclarecedor: uma chatice que desmobilizou mais de metade dos deputados e onde o ministro Amado repetiu uns lugares comuns para contento de um hemiciclo quase vazio que desesperava por ir tratar de outras coisas.
A presidência sueca encomendou pequeno-almoço, pois receia-se que as "negociações" de logo se prolonguem pela noite adentro e chegue a hora matinal de café e croissants sem que haja fumo branco.
Como diria David (salmo XLII, 8): "Abyssus abyssum invocat"
Debate nacional: se isto aconteceu numa esfera de "gente educada" imagine o caro Douro o que aconteceria se tivessemos enveredado pela via referendária...
ResponderEliminarQuanto aos novos "tachos", só o orçamento rectificativo a apresentar brevemente prevê um aumento de 25 Milhões de € de despesas administrativas.
O gabinete do sr Presidente do Conselho Europeu será composto por um chefe de gabinete, um chefe de gabinete adjunto, 6 membros e 12 administrativos, para além da correspondente dúzia de guarda-costas...
É! há dúzia é mais barato...
sorry! "à" dúzia.
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