quinta-feira, outubro 01, 2009

60 anos de imperialismo


Completam-se hoje 60 anos desde a fundação da República Popular da China.
Logo vamos ter seguramente direito a imagens das paradas em Pequim e a comentários embasbacados sobre o progresso chinês, com uns salpicos de lamentos enlatados sobre as violações aos direitos do Homem.

Importa contudo dizê-lo claramente: esta China é uma ditadura violenta que esmaga qualquer veleidade de liberdade de expressão, que controla a Internet e os media, que proíbe o direito de reunião e de associação, que prende, tortura e mata. Esta China é a ditadura de um partido único, corrupto e sinistro, cujos títeres locais imperam na mais absoluta impunidade, roubando, violando, raptando e assassinando. Esta China é um apartheid gigante em que os camponeses são desprezados e discriminados em relação à população urbana e em que os milhões que emigram para as cidades são marginalizados por sistemas burocráticos opressivos e explorados miseravelmente.

Esta China é o desequilíbrio dramático entre homens e mulheres, na sequência da política do filho único, é o desastre ecológico e ambiental, na sequência de uma industrialização anárquica e corrupta, é a miséria escondida mais degradante ao lado de uma opulência de fancaria. Esta China é um imperialismo han sanguinário que se abateu e se abate em cada dia sobre o povo tibetano, sobre o povo uigur do Turquestão Oriental, sobre o povo mongol e sobre tantas outras minorias cuja cultura é desprezada e esmagada.

Dizem que tanto faz que o gato seja preto ou branco desde que apanhe o rato.
Pois eu acho que há-de haver um 'cão' que tratará da saúde a este gato pardo: os povos da China e dos territórios e países ocupados.

1 comentário:

  1. Quando lá estive, há 2 anos, o que achei mais engraçado foi o facto de haver um McDonald's em cada esquina... Ah, e a Zara é a loja mais cara em Pequim e Xangai!

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