quarta-feira, agosto 12, 2009

ERC

Tenho andado arredado pois apesar de Agosto andam por aí uns clientes que gostam de me massacrar. Mas ainda vou a tempo de escrever sobre a "ordem" da ERC para que se calem todos os que escrevem e são candidatos às eleições legislativas. Está bem, o que eles querem é que os jornais, revistas, rádios e televisões permitam o mesmo espaço a todos os candidatos durante o período eleitoral. Algumas questões que não vi esclarecidas:

a) esta norma era para contemplar todos os candidatos ou apenas os cabeças de lista, qualquer que seja a eleição? O último de uma lista vai poder continuar a escrever?

b) os espaços ao serem igual em tamanho deverão ter a mesma qualidade de escrita? quem faz a análise?

Está bom de ver que esta norma é ao arrepio de qualquer critério editorial que não seja o da régua e esquadro.

Bem sei que é estranho ver o António Costa presidente da camara de Lisboa como comentador na Quadratura do Círculo. Mas a minha televisão tem um comando.

Bem sei que é estranho ver a Manuela Ferreira Leite escrever um artigo de opinião no Expresso, mas tenho sempre a possibilidade de o não ler.

A campanha eleitoral tem sem dúvida as suas especificidades, mas a liberdade de imprensa também as tem. Será que o equilibrio das duas se faz através desta norma? Não creio de todo. Quem tem que dar as mesmas garantias aos partidos politicos são quando muito os órgãos de comunicação social do estado e os tempos de antena que por lei passam nas televisões e rádios (já agora porque ficam os jornais de fora?)

Mas gostei de ler que Azeredo Lopes aceitaria (vá lá) que os jornais se definissem editorialmente ao nível politico. Eu também.

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