Vai demorar tempo a assentar a poeira.
Há muitos números, muitas coisas que se passaram e isto ainda não terminou. Aguardo, por exemplo, para ver o que vai acontecer nos próximos dias ou horas no Reino Unido.
Mas houve dois tiros de canhão que é impossível desvalorizar:
O primeiro, que nos diz directamente respeito, foi o afundamento do "engenheiro". Que boa notícia! Isso foi possível porque, entre outras razões, apareceu uma alternativa credível e séria dos lados do PSD e é inegável que o Paulo Rangel foi o protagonista dessa esperança nova. Mas há ainda muito trabalho pela frente.
O outro tem a ver com a abstenção a nível europeu: 57%.
É impressionante. Tanto mais que prolonga uma tendência de há anos. Dir-se-ia que por cada novo tratado e respectivo foguetório, são umas centenas de milhares de cidadãos que viram as costas aos discursantes apoteóticos de uma Europa desenhada algures por uns "arquitectos-peritos". E não é por acaso que quase por todo o lado surgem os primeiros eleitos de partidos esquisitos que claramente exploram um ultra-nacionalismo perigoso. São filhos bastardos dos tais "arquitectos", por muito que estes lhes recusem a perfilhação.
Não mais é possível construir uma Europa dos povos à custa destes. Por favor, aprendam a lição.
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