Cavaco Silva sempre teve como um dos seus principais activos políticos, uma imagem de seriedade.
Quem tenha acompanhado com um mínimo de atenção os últimos anos do seu consulado como primeiro-ministro, não pode ter deixado de se interrogar sobre essa imagem, atendendo ao que se passava à sua volta. Acredito que muitos terão querido aceitar que Cavaco era a principal vítima do que se passaria.
O caso BPN de há muito que contribuíu para aumentar essas dúvidas, incluindo para os que quiseram manter essa fé.
A situação de Dias Loureiro é um teste definitivo à seriedade de Cavaco Silva.
O Sr. Presidente já retirou a confiança política, publicamente, ao seu Conselheiro de Estado, tendo colocado a questão ao nível da honorabilidade deste último ("não tenho razões para duvidar da sua palavra", disse Cavaco).
Pois agora essa honorabilidade foi definitivamente posta em causa. Já o sabíamos, pelas contradições em que Dias Loureiro se envolveu. Mas agora temos quem o afirme: o ex-companheiro Oliveira e Costa.
Se Cavaco é sério, não lhe resta senão afirmar publicamente que Dias Loureiro não tem condições para se manter como conselheiro de Estado. Se preferir não o fazer...
Eis a questão.
Ventanias, foste ouvido.
ResponderEliminarQuem me dera... teria sido uma ventania das antigas.
ResponderEliminarMas não. Foi o próprio que se TERÁ demitido. Para que conste.