Ao contrário do que costuma acontecer, a estratégia eleitoral do bloco central mudou: a incerteza ao centro faz medo, pelo que a esquerda e a direita parecem bases mais seguras.
O PS apresenta Vital Moreira, um candidato claramente de esquerda, daqueles que nem sequer se converteu à ala esquerda dos socialistas.
Já o PSD apresenta Paulo Rangel, que é um candidato claramente à direita, antigo militante do PP e que tem como uma das suas referências políticas António Lobo Xavier (conforme referenciado em entrevista ao Expresso).
Ao centro está o vazio, porque a incerteza sobre qual vai ser a tendência do eleitorado flutuante de centro é muito grande.
Se por parte do PSD, o problema de comunicação e de mensagem de Manuela Ferreira Leite não motiva este tipo de eleitora, somam-se os problemas com as alegadas ligações de muitas figuras importantes do PSD ao caso BPN.
Por outro lado, os tempos de bonança e simpatia do centrão por José Sócrates já lá vão, e o fenómeno Freeport, com o consequente desgaste diário que provoca, também pode vir a lançar incógnitas novas sobre a tendência de voto do eleitorado flutuante.
Na Extrema Esquerda, PCP e BE vão fazer valer-se da crise e do desemprego, pelo que a luta vai ser intensa.
À Direita, a estratégia foi inteligente. Não querendo Paulo Portas ser o cabeça de lista, o CDS apresenta 3 cabeças de lista, com Nuno Melo a porta-voz. Julgo que esta dispersão que não focaliza joga a favor do voto na figura de Paulo Portas.
mal visto, bem escrito, bom serviço.....
ResponderEliminarA Teresa Caeiro é uma "cabeça de lista"? Eu só lá vejo um cabeça de lista, mas seria feio estar aqui a distinguir.
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