domingo, outubro 26, 2008

Consultadorias

Num país que só por milagre não entra em recessão até 2010 (Silva Lopes no Expresso), cuja economia é uma das mais afectadas pela crise financeira (Eduardo Catroga também no Expresso), com níveis de pobreza e endividamento familiar arrepiantes (leiam a Sábado desta semana em que se diz que só este ano, a percentagem de créditos mal parados já aumentou 26%), com riscos de desemprego a ameaçar todos os sectores de actividade (banca, sector imobiliário e serviços) o Estado gasta 134 milhões de euros em consultadoria externa, e sustenta, ao mesmo tempo, 96 organismos com funções exclusivas da mesma natureza, que lhe custam 14 milhões de euros. É caso para dizer que o Estado precisa de “muito” aconselhamento, e que ele sai caro ao país... Mas se tudo isto já raia o escândalo, que dizer da conclusão a que chegou o Tribunal de Contas e que é a de que de todos estes pareceres e estudos 41,1% não tiveram qualquer aplicabilidade prática?

2 comentários:

  1. E ainda não estão os «estudos» das câmaras municipais e das empresas municipais!

    Como diria o outro: aconselhar é o que está a dar!!!

    Meus Deus, livrai-nos deste clientelismo galopante!!!

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  2. O que é estranho é que, quando se fala do peso do Estado na economia, nunca se fala disto. É aqui que se encontra o grupo dos que, muito querendo que o Estado desapareça da economia, ganham balúrdios à sua custa. A.F.S.

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