terça-feira, junho 10, 2008
90 mil camiões
Também me parece que a forma como está a ser exercido o direito à greve pelos camionistas merece as mais sérias reservas. Desde logo, porque a paralisação de um país em todos os sectores da sua produção e economia não corresponde facilmente à imagem de uma greve, mas à de um bloqueio ou encerramento generalizado de um país, capaz de trazer, de resto, desvantagens muito maiores em termos gerais do que aquelas que podem ser suportadas como custo para o uso de um meio de luta laboral. Depois, porque não haverá dúvida de que apedrejamentos de viaturas, rebentamento de pneus e de depósitos de combustível, são formas de conduta que caem claramente fora do âmbito de protecção que o direito à greve concede aos trabalhadores, estando aí eles a actuar de forma ilícita e contra o direito. Mas a minha maior perplexidade ainda está noutra coisa. Está na total passividade nacional perante o assunto, sendo certo que Barcelona já activou o plano de emergência nacional para garantir os serviços essenciais às populações, e sendo certo que se a paralisação se mantém vão começar a faltar os alimentos e a gasolina. Somos mesmo uma “raça” à parte! Eu, por mim, já tenho a bicicleta pronta a circular (ideia que não me desagrada completamente :-)…
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