Para aqueles que entendem (como eu) que o desenvolvimento de qualquer País, comunidade, cidade, região passa antes de mais por uma aposta séria na cultura é desconcertante verificar que na minha cidade o poder autárquico faz quase gala em ter uma "não politica cultural".
Conheço suficientemente bem o Miguel Von Hafe para dele ter a melhor das impressões. É um homem de cultura, com pensamento e visão cultural para a cidade e, não tenho dúvidas que, se ele tivesse tido algum poder executivo no pelouro da cultura da CMP, a cidade do Porto e todos nós iriamos beneficiar de algumas iniciativas culturais de enorme qualidade.
Enquanto Vereador não executivo o seu mandato fica marcado por se ter oposto à proposta de Rui Rio de concessão do Rivoli e ter interposto a acção judicial que considerou ilegal a mesma. o meu Aplauso!!!
Foi por isso com grande pena que soube hoje que o Miguel Von Hafe renunciou ao mandato de Vereador na Câmara Municipal do Porto para onde havia sido eleito nas últimas eleições autárquicas.
Acho mal que não se cumpram os mandatos até final e desconheço as razões que o levaram a renunciar ao mandato mas seja como for aqui fica o meu abraço ao Miguel e espero que esta renuncia seja apenas um até já.
a bem da Nação!!!
Caro Francisco,
ResponderEliminarnão percebo essa oposição à decisão da CMP em relação ao Rivoli. Cá para mim, prefiro ter o Principezinho, Jesus Cristo Superstar ou Música no Coração a ter um grupinho a aproveitar um teatro daqueles para fingir que faz teatro para os amigos verem...
Caro Pedro,
ResponderEliminarA questão é que
- o Teatro Rivoli é um equipamento público com qualidade;
- o Porto não tem muitos equipamentos culturais e muito menos com qualidade;
- podemos desde logo questionar até que ponto é que o negócio de entregar aquele equipamento público aquele privado era legal.
Pelos vistos o Tribunal entendeu que não era lega.
- mas, para além, do problema legal que pelos vistos existia e que o Vereador em causa impediu
-temos ainda a questão de fundo e quanto a isso parece-me algo redutor que se afecte o T Rivoli apenas e tão só a musicais.
- nada tenho contra haver no Rivoli espectáculos ditos "musicais" como o Principezinho e outros que tais, light ou sem light
a questão é se trata de um pensamento redutor
na minha opinião acho pouco...acho que numa cidade em que os palcos públicos são tão poucos, aqueles que existem devem servir para toda a cultura (de massas, sem massas, com massas...)
Caro Fvf e antes da entrega ao lá feria que tipo de espectaculos, organizados pela CMP tinha lá?
ResponderEliminarAntes é que era cultura?
Então a cultura estava muito mal...
Francisco,
ResponderEliminarImagino que também ias ver as peças que lá havia anteriormente...
Eu não sei se este contrato é legal ou não. Para mim, não existe qualquer problema a CMP entender ceder um espaço a Filipe La Feria (não o fez já com a Seiva Trupe no Teatro Campo Alegre?).
Finalmente, tenho ideia que no contrato está previsto a cedência do espaço para outras iniciativas...