Disticos de cor distinguirão os bons dos maus condutores. isto não é anedota e não é em qualquer país de terceira. É em Portugal. Ou será que somos? E como bem pergunta o Portuense, que fazemos quando no aparece um vermelho pela frente? Ribanceira? E quando nos aparecer pela frente o autor desta proposta? fugir a sete pés? è o melhor.
Boa ideia! há que destrinçar o trigo do joio...
ResponderEliminaró carlos fugir a sete pés? mas és assim tão mauzinho?
ResponderEliminarÒh bungabunga... ainda deves ser meu familiar!!!
ResponderEliminarPor mim dou cartão vermelho a esta ideia.
lol é uma ideia engraçada, já próxima da educação pela estimulação positiva e não pela lógica do castigo, embora ainda seja um castigo e um bocado estigmatizante. não sei bem o q pensar
ResponderEliminarEstes dísticos não me chocam.. Em Portugal, a grande maioria das pessoas têm uma dupla personalidade no que toca ao volante. Todas as medidas tomadas para tentar combater este flagelo tem sido infrutíferas... todos os anos damos por nós a pensar na "Operação Natal Seguro" e na "Operação Coelhinho da Páscoa Contente" e nem nos apercebemos que aqueles números (que já damos como certos) são pessoas..
ResponderEliminarA desgraça por vezes toca à porta, e a partir daí as coisas começam a fazer sentido...
Sinceramente não sei se a medida vai trazer ou não uma diminuição efectiva dos sinistros. No entanto, acho inacreditável as pessoas que "em nome do Estado de Direito" se revoltam contra uma tentativa de minorar os estragos dos acidente rodoviários.
Para mim (que, admito, talvez não seja o condutor mais respeitador das regras), não seria humilhação nenhuma usar um dístico amarelo, ou mesmo vermelho, se tal evitasse, ainda que hipoteticamente um acidente e consequente morte...
Mas enfim... é uma questão de conflito de direitos, e talvez, nalgumas perspectivas, o direito a não ser humilhado seja superior ao direito de hipoteticamente salvar uma vida...
Caro TPestana,
ResponderEliminarexplique-me como uma medida destas irá permitir salvar uma vida. acha mesmo que, pelo facto de correr o risco de ter um autocolante vermelho no carro vai alterar o comportamento do condutor? Afinal para que serve todo este clima de caça à multa?
Já agora, e para ser polémico, esta medida não tem um pouco de nazi?
A menos que o TPestana me diga que se usar o dístico vermelho passará a cumprir as regras que agora tão conscientemente desrespeita, confesso que não compreendo o salto que ele dá do usar o dístico para a diminuição de mortos na estrada.
ResponderEliminarNem é de compreender, parece-me, pois o que se pretende não é o efeito preventivo que tal flagelo impõe, mas antes a aposição do estigma de "mau cidadão", gesto este tão típico deste governo (vide, publicação de listas de devedores ao fisco).
Por outro lado faço minha a pergunta com que o Pedro termina o seu comentário. Isto ralmente começa a passar das marcas. Permitam-me um excesso de ironia, mas por este caminho não tarda muito até os dísticos para os maus condutores serem brincadeiras de crianças, altura em que passaremos a numerar no pulso os (maus) cidadãos não apoiantes do nosso protector governo e seu estimável primeiro ministro.
O "estigma" que já existiu de antanho (os condutores com menos de um ano de carta usavam um ovo estrelado e não podiam circular a mais de 90Kmh) evitou no seu tempo muitos acidentes, pois que prevenia os outros condutores da possível inexperiência dos detentores do ovo estrelado.
ResponderEliminarTambém o usei e não me fez mossa.
Creio que o afm vê as coisas pelo lado errado quando se questiona se o "amarelado" ou o "avermelhado" passarão a conduzir melhor pelo mero facto de o ostentarem.
A questão fulcral é que os outros condutores estarão avisados do potencial de asneira que pode advir daquele condutor.
Não conheço a legislação, mas sempre pode ser criada uma válvula de escape que permita ao amarelado e ao avermelhado receberem carta de alforria depois de determinado tempo com cadastro limpo.
Por último, os condutores exemplares deviam usar um dístico azul e branco
Pois, rafon, se calhar tem razão. E mais, até acho que devíamos andar todos de fardas, também elas devidamente diferenciadas consoante o nosso grau de civismo, para cuja avaliação seria constituída uma indispensável comissão de estudo, numa fase incial, que mais tarde seria convertida em comissão de avaliação e atribuição de fardas aos cidadãos. Por exemplo, quem tivesse o horrível hábito de dizer palavrões em público teria necessariamente que usar farda amarela e quem, além dos palavrões, cuspisse para o chão não se safava da farda vermelha. O que é que todos nós deveríamos fazer quando víssemos um qualquer cidadão de farda amarela ou vermelha? Correr para o passeio do outro lado da rua, pois claro!
ResponderEliminarDiga-me outra coisa, rafon, com que base afirma que o uso do "ovo estrelado" evitou muitos acidentes. Certamente nos números de acidentes antes da obrigatoriedade do "90" (imensos), números durante a obrigatoriedade do uso desse sinal (representativos de uma queda vertiginosa nos acidentes registados) e números após a cessação da obrigação de uso do tal "90" (outra vez imensos acidentes). Até nem se percebe como é que ficamos 25 anos sem nenhum sinal a classificar-nos como condutores aptos/inaptos.
Por último, quanto ao não lhe ter feito mossa o uso do "90". Acredito, como acredito que haja a quem não faça mossa o uso do dístico vermelho, se a lei vier a entrar em vigor; como há quem não sinta mossa por estar na lista de devdores ao fisco; como há quem não sinta mossa por ter usado um carro que tinha a matrícula começada por K pelo facto de o ter comprado no estrangeiro a melhor preço... enfim, como há sempre a quem não façam mossas estas e outras, grandes e pequenas, coisas, que entre si tem um denominador comum. O Estado a marcar com ferrete os seus cidadãos.
Se pensar nisto verá que a questão tem mais de ideológico do que à primeira vista se poderia supor.
Caro afm
ResponderEliminarPenso, apenas, que há que ponderar o peso de valores e princípios fundamentais.
E que o valor da vida (que as normas de segurança rodoviária visam acautelar) é infinitamente superior ao direito ao bom nome e à não discriminação.
Sendo certo que a discriminação decorre de tratamento diferente para situações iguais (o que não será o caso) e que o bom nome tb me não parece posto em causa (pelo menos, quando sopesado com o valor da vida de quem circula nas estradas).
Já passei da fase adolescente da apologia da liberdade total e da anarquia a que ela conduz.
Foi quando interiorizei que a minha liberdade acaba quando começa a dos outros (pelo menos, na vida em sociedade).
O que disse quanto ao ovo estrelado (e que reitero) ensinou-mo a experiência e a lógica.
É curial que, sabendo que um condutor que vamos ultrapassar tem menos de um ano de carta (e que poderá ser ainda inexperiente), se aborde essa manobra com mais cautelas de forma a não por em risco nenhum dos condutores e quem mais circule na estrada.
Mas se calhar é a minha costela fascista e fascizante a falar.
Eu, que até defendo, por questões ideológicas, que um rapaz de 18 anos e acabadinho de tirar a carta não deva poder conduzir desde logo carros de alta cilindrada e que o ensino de condução passe por simulação de situações de acqua planning, óleo na estrada, etc ...
Caro rafon,
ResponderEliminarNão quero entrar numa espiral interminável de resposta e réplica mas apesar disso dir-lhe-ei apenas o seguinte (e por mim ficarei por aqui). Você diz uma série de coisas com as quais todos concordamos. A maior parte das quais tem mesmo o estatuto de "lugar comum", no estilo "a minha liberdade acaba quando começa a do próximo" e "a vida humana vale mais que o direito ao bom nome", etc..
O que você não diz é de que forma a medida se adequa ao fim a que se propõe. Avança apenas com uma resposta intuitiva e de empirismo falacioso, como quando diz que ao ver o "condutor marcado" avança com cuidado. Se assim fosse seria de concluir das suas palavras que se o condutor não estiver "marcado" pode-se avançar sem esses cuidados especiais. Ora, sem desconfiar do seu raciocínio lógico-dedutivo, isto parece-me pouco para concluir que a medida proposta é adequada e por isso permtitir-me-á que não conclua como você conclui na eficácia da medida. No entanto, aponte-me os números do "antes", "durante" e "após" ovo estrelado (isto para pegar no seu "balão de ensaio") e estou disposto a rever a minha opinião se for caso disso.
Até lá...
Fique descansado.
ResponderEliminarJá arregacei as calças.