Vai ser discutido, no Parlamento, o problema da violência no Porto. O Psd caracterizou a área metropolitana do Porto como «o far west» e tomou a iniciativa.
Já aqui tenho abordado o tema com frequência. Ao que tudo indica o pedido de agendamento foi reflexo da indignação resultante da morte de um taxista em Arcozelo, Gaia, e do assalto, há dias, num parque de estacionamento de Matosinhos do qual resultou a morte de um segurança.
Espero que do debate resultem medidas concretas por forma que a segurança, o respeito pela vida e património dos cidadãos, volte a ser uma realidade.
A reestruturação territorial das forças de segurança prevista pelo Governo, nomeadamente a redefinição da distribuição da ocupação territorial entre a PSP e a GNR, que vai levar ao encerramento de esquadras da PSP e postos da GNR, faz-me, contudo, temer que a insegurança se vai alastrar, inevitavelmente, a todo o país.
Como será a reacção, designadamente, dos mais poderosos e com mais posses que nestas ocasiões tendem a fechar-se? Que papel fica reservado para os restantes?
Que Portugal estamos a oferecer aos nossos filhos?
subir muros, contratar segurança privada rua a rua, motoristas/seguranças, não é isso que faz por exemplo em Angola e Brasil? Aplicar coimas em vez de penas de prisão, oferecer o paraíso aos infractores, seringas nas prisões, falta de meios à polícia é a nossa receita. Palavras para quê são as medidas do artista português!
ResponderEliminarExcelente reflexão!
ResponderEliminarHá que dar combate a um economicismo à outrance que nos vai engolindo paulatinamente.
o problema da violencia no porto e em qualquer outra zona deve ser atacado pela base e nao pela cupula.
ResponderEliminarnao me parece, por esse motivo, que se resolva com a reestruturacao das forcas de seguranca, mas com a resolucao de graves problemas sociais que a nossa cidade, tal como outras, atravessa.
a solucao, ou pelo menos aligeiramento, do problema so sera possivel com um conjunto de medidas que diminua as assimetrias existentes dentro da propria cidade.
so com um feroz combate ao desemprego, com a criacao de uma rede escolar minimamente boa para todos(acabar com escolas onde so estao residentes de bairros problematicos para assim os misturarem, senao com classe alta, uma vez que e impossivel obrigar a que nao frequentem colegios, pelo menos com classe media) e, sobretudo, com uma intervencao na estrutura fisica da cidade (uma rua separa dois mundos, veja-se o caso do bairro gomes da costa e da pasteleira ou da avenida fernao magalhaes, para nao dar uma lista interminavel) se podera falar em verdadeiro combate ao crime.
temos todos de perceber que, enquanto boa parte da populacao nao viver com as condicoes minimas, nao ha medidas repressivas que resistam.
sera um longo caminho, mas algum dia tera que ser iniciado, com tudo o que isso implica de desconforto para quem ja esta em condicoes de viver bem, grupo no qual me incluo.
um abraco
PS- so para o anonimo... que tem seringas a ver com a resolucao do problema da criminalidade?