domingo, julho 01, 2007

Notas sobre o fim de semana

Em Inglaterra e na Escócia os últimos dias foram angustiantes. É isto que os terroristas querem: espalhar o terror. Se puderem, matam. Se não conseguirem matar, deixam a sensação de angústia e insegurança. Um dos primeiros passos (e o mais difícil, o que envolve mais coragem...) é continuar a vida como se não houvesse terroristas. Ignorar.

Fui esta semana a Lisboa. A cidade esta enfeitada de cartazes dos candidatos. Até parece que dali vai sair alguma solução para a capital, o País, o Mundo.
Nem me apetece muito falar do CDS, mas é inevitável o comentário de que voltámos à visão anportocêntrica de partido.
Como consequência, a credibilidade esfuma-se, a eficácia desaparece. Vale a pena - vale sempre a pena! - imaginar como seria. Imagine if Portas tem estado estado sossegado...

O JN revela em voz alta aquilo que já todos pensávamos em voz baixa: o livro da Carolina é fantasioso, e foi movido por desejos de vingança. Quem o revela, parece, é Fernanda Freitas, a escritora.
Não tenho dúvidas que quero toda a verdade esclarecida. E quero que - quem quer que seja, incluido o presidente do meu clube - quem pratica crimes seja punido.
O que me parece sair do razoável é utilizar como elemento credível de investigação (e depois de acusação) a Senhora D. Carolina Salgado e o seu livro.

6 comentários:

  1. Se o J. Anacoreta for examinador de alguma vontade da magistrada em aceder a outro patamar de carreira...

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  2. Meu caro João,

    Não era preciso a autora vir afirmar o óbvio; todos nós sabíamos que o livro fora escrito por vingança. A questão é saber se o que ali se afirma, que não conheço, corresponde à verdade - caso em que a vingança será dolorosa - ou se apenas se trata de umas atoardas para denegrir a imagem do antigo amante - caso em que nada disto dará em nada... como habitualmente!

    Abraços

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  3. Só gostava de saber porque demorou tanto tempo a dizer o que disse. Porque esteve à espera que o livro rendesse uns cobres, ou porque agora lhe dão mais para dizer o que disse? A história é muito mal contada desde o início.

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  4. O livro é inqualificável do princípio ao fim. Não sei se o que lá está é verdade, ou é mentira, mas também acho inacreditável como se podem querer retirar indicios sérios da prática de um crime de um livro que é uma sequência de idas e vindas, comezainas, esquemas, diálogos gloriosos e animais de estimação, e que tem um nível aterrador.

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  5. Quantos criminosos são, desde sempre, detidos, submetidos a julgamento e condenados, tudo graças a colaboração com as entidades próprias por parte de pessoas que outrora estiveram ao lado desses mesmos criminosos e, até, quantas vezes como cumplices desses criminosos? É interminável o rol.

    Independentemente da motivação da ex-amantíssima, e ex-primeira dama do FCP, e ex-presença assídua em comarotes presidenciais, e ex-membro da comitiva do FCP que visitou o Papa João Paulo II, e ex-tudo o resto de Jorge Nuno Pinto da Costa, a verdade é que poucos(as) como ela estão em posição de testemunhar contra o próprio Pinto da Costa como a tal "ex", hoje conhecida apenas como "Eu, Carolina".

    Por uma razão muito simples. Durante 4 anos a referida "senhora" foi testemunha directa de tudo (ou pelo menos quase tudo) o que Pinto da Costa fez e se nesses 4 anos o que Pinto da Costa fez for passível de censura criminal, então que seja julgado com os indícios que haja e condenado com as provas que se obtenham.

    Sendo que qualquer jurista sabe que as melhores testemunhas são as que mais directamente testemunharam os factos sobre os quais irão depor. Daí que muitas vezes as melhores testemunhas em processos crime são pessoas de passado recheado de antecedentes criminais.

    Quanto ao livro, não li (nem lerei). Deixo isso para a Dra. Maria José Morgado.
    Quanto à credibilidade da "ex", responderei com alguma ironia... Dou-lhe tanta como deu Pinto da Costa durante os 4 anos que os dois foram os pombinhos que o país viu.

    Resta-me fazer minhas as palavras do Ventanias. Se tudo não passar de vingança gratuita, então só espero que tudo dê em nada relativamente a Pinto da Costa e que esse nada dê em tudo relativamente à sua "ex".

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  6. Aos "indiferentes", não me pareça que isto seja para ficar em águas de bacalhau.
    E para quem se admirar de "agora" a Fernando Freitas ter revelado os lados escabrosos da composição do livro, lembro que são declarações dela ao DIAP e presumivelmente contemporâneas das que Carolina ali prestou. Para os desentendidos ou fracos de memória, foi por Janeiro, um mês depois de o livro ter sido publicado, que Carolina foi ouvida pela Morgado. Enquanto autora do livro, Fernanda Freitas, sabendo à época as tais diferenças que reconheceu ao ver o que estava (finalmente) publicado, terá prestado estas declarações. Mas como nunca houve estardalhaço mediático nem os OCS a procuraram desde a primeira hora para saber coisas dela e contarem mesmo quem é ela, a Fernanda Freitas terá passado despercebida. Mas as declarações não devem ter sido registadas na PJ anteontem.
    A questão aqui não é, nunca foi para mim, quem tem mais ou menos credibilidade. É perceber se esta história faz sentido. E quem já muito se contradisse foi a própria Carolina. Do livro às acareações na PJ com outros arguidos como ela.

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