sexta-feira, abril 13, 2007

História para o fim-de-semana

Uma vez ouvi uma história de um Chefe muito bom. Tão bom, tão bom, que muitos achavam que mais ninguém era tão bom quanto ele.
O Chefe até era bom, mas muitos achavam que era mais do que bom, era o melhor.
E ele era assim tão bom, porque tinha uma série de homens (não tão bons) que lhe diziam permanentemente que ele era o mais bom de todos, mesmo que não parecesse.
E a verdade é que não parecia, tirando uma série de homens (não tão bons) que lhe dizia que ele era muito mais bom que os outros, a mais ninguém parecia que ele fosse assim tão bom, ou pelo menos melhor que os outros.
Mas como as coisas ditas muitas vezes têm o condão de parecer verdadeiras, o Chefe muito bom e os homens (não tão bons), começaram a convencer-se que eram os melhores, ou melhor, que os outros eram muito piores.

Os muito piores não podiam ir contra este estado de coisas, porque não só eram piores do que o Chefe muito bom, como até muito inferiores aos outros homens (não tão bons).

Ninguém sabia muito bem porque é que o Chefe era muito bom, era uma espécie de destino.
Para uns está destinado serem bons (ou não tão bons), por isso podem olhar com uma certa superioridade para todos os outros, que no fundo são inferiores.

Por mais que os inferiores fizessem, eram sempre muito maus, porquê?
Porque o Chefe muito bom e os homens que não são tão bons, mas ainda assim muito melhores que os outros, tinham decidido assim.
Eles tinham decidido, está decidido, nada do que se diga pode alterar isso.

Ninguém acredita que o Chefe seja o mais bom de todos, nem que os leve a lado algum, mas os homens (não tão bons) acham que isso é irrelevante, o que interessa é a superioridade do seu pensamento.

Mesmo que fiquem a pensar sozinhos.

3 comentários:

  1. A história deve ser alguma indirecta. Ai deve, deve. E deve ser taramada. Ai deve, deve.

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  2. Zé MExia um dia desdtes na porra dum enterro ou algo assim que é o custume vais-me falar dess a posta

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  3. Num enterro???

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